Exclusão e conservação social na escola

dilemas e possibilidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-7939.2024v9n3p843

Palavras-chave:

Exclusão, Conservação social, Escola, Professor, Aluno

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar a escola enquanto espaço de reprodução da conservação social. Este trabalho procura perceber a produção de práticas de exclusão no interior da instituição que permitem separar aqueles que aceitam a imposição de sua cultura e de seu discurso oficial. A partir da pesquisa qualitativa, realizada no estudo de campo na Escola Municipal Expedicionário Aquino de Araújo, foram produzidas oito entrevistas com docentes que atuavam no estabelecimento de ensino durante o período de pandemia do coronavírus. Levantamos como hipótese de que por mais que a escola se apresente como referência de democratização do ensino pela cooptação dos alunos em seu interior, acreditamos a cultura escolar opera numa lógica classificatória e seletiva, como forma estratégia de garantir a reprodução social por seus herdeiros. A partir das narrativas produzidas pelos professores, acreditamos na possibilidade de compreender a jurisprudência professoral a partir das representações quanto a reprovação como forma de exclusão do aluno e o sentido impositivo das avaliações, que controlam os corpos estudantis pelo medo.

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Biografia do Autor

Vinicius Kapicius Plessim, Universidade de São Paulo

Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (FEUSP). Mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (UERJ/FEBF) pelo programa de Pós Graduação em Educação, cultura e Comunicação em Periferias Urbanas.

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Publicado

07-10-2024

Como Citar

PLESSIM, Vinicius Kapicius. Exclusão e conservação social na escola: dilemas e possibilidades . Educação em Análise, Londrina, v. 9, n. 3, p. 843–862, 2024. DOI: 10.5433/1984-7939.2024v9n3p843. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/49681. Acesso em: 21 out. 2024.

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