Tão filhas sendo mães: relato de duas observações de bebês e suas mães pelo método de observação Esther Bick
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2023v8n2p329Palavras-chave:
Metodo de observação Esther Bick; bebê-mãe/cuidador; filha-mãe; maternidade.Resumo
Este artigo objetiva relatar e analisar aspectos primitivos maternos em duas observações de bebês com suas mães, por meio do Método Esther Bick. Após o momento de contato e contrato estabelecido com as famílias, ficou acordado que as visitas semanais aconteceriam, online via câmera do celular das observadoras, em dia e hora previamente definidos. Assim, as observadoras iniciaram o percurso que durou um ano e alguns meses. Observou-se o desenvolvimento do bebê na relação com o cuidador e seu entorno. Nas supervisões, discutíamos o potencial terapêutico do método, baseado na função continente do observador, e destacamos transformações no seu papel e da dupla cuidador-bebê. Neste trabalho, apresentamos recortes de duas observações: o relato da bebê Zara e sua mãe Nina, e da bebê Manu e sua mãe Anny. As observações evidenciam a postura empática das observadoras que, por uma atitude silenciosa e sutil, ofereceram um holding para a dupla mãe-bebê. Isso se evidenciava sentirem-se à vontade na presença das observadoras, sobre saber a respeito de sua bebê. Entretanto, atentou-se a ambas, jovens mães, mesmo de origens distintas, ainda permanecem às custas da família. Pareceu-nos que estavam tão filhas sendo mães, mas não as impediu de sustentarem os seus lugares na constelação da maternidade.
Downloads
Referências
FREUD, S. (1912). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In:
SALOMÃO, J. (Org.). Edição standard brasileira de obras completas de Sigmund Freud. v. 12. Rio de Janeiro: Imago, 1969, p. 146-159.
FREUD, S. (1914). A história do movimento psicanalítico. In: SALOMÃO, J. (Org.). Edição standard brasileira de obras completas de Sigmund Freud. vol. 14. Rio de Janeiro: Imago, 1969, p. 12-82.
GOLSE, B.; AMY, G. Bebês. Maestros, uma dança com as mãos. São Paulo: Instituto Langage, 2020.
GUTFREIND, C. Narrar, ser mãe, ser pai & outros ensaios sobre a parentalidade. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.
LEBOVICI, Serge. O bebê, a mãe e o psicanalista. Porto Alegre: Artes Médicas. 1987.
PARLATO-OLIVEIRA. E. O bebê e as tramas da linguagem. São Paulo: Instituto Langage, 2022.
TREVARTHEN, C.; AITKEN, K; GRATIER, M. O bebê nosso professor. São Paulo: Instituto Langage, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marcia Renata Barroso, Cleide Vitor Mussini Batista, Solange Frid

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os artigos publicados na Revista Educação em Análise estão sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, garantindo Acesso Aberto. Deste modo, os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos e, em caso de republicação, solicita-se que indiquem a primeira publicação nesta revista. Essa licença permite que qualquer pessoa leia, baixe, copie e compartilhe o conteúdo, desde que a devida citação seja feita. Além disso, autoriza a redistribuição, adaptação e criação de obras derivadas em qualquer formato ou meio, incluindo uso comercial, desde que a atribuição à revista seja mantida.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.














