A heteronormatividade desafiada no espaço escolar pelo jogo do corpo trans
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2023v8n1p246Palavras-chave:
Heteronormatividade, LGBT, Corpo e EscolaResumo
Trata-se do resultado de uma pesquisa que propôs problematizar a forma que alunos e alunas LGBT, matriculados no Ensino Médio em uma escola pública da Rede Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul, no município de Campo Grande, agem diante dos dispositivos de sujeição a que são submetidos, pelas condições culturais, nas suas sexualidades. O objetivo do estudo foi compreender de que modo os sujeitos envolvidos (jovens adolescentes) lidam com os preconceitos e exercitam práticas de si que impactam o discurso de que a escola é heteronormativa. O lastro teórico parte de alguns postulados Foucaultianos, sustentado por uma base empírica e analítica, cujos procedimentos privilegiam aspectos etnográficos, como o cotidiano escolar e a educação, concebidos pelos processos das práticas sociais. A problemática posta é de que a escola seja exclusivamente heteronormativa, nas diferentes facetas da instituição, é abalada frente às diversas dinâmicas, práticas e discursos que ocorrem no intenso jogo do corpo que marca os corredores desta instituição. Este trabalho chacoalha a visão restrita e naturalizada de um conceito sobre a escola de que os corpos são exclusivamente resultados de uma heteronormatividade, mas assinala que o corpo trans também tensiona o poder e os preconceitos.
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