Decifra-me ou eu te devoro! - os fundamentos sócioeconômico-culturais do modo de produção capitalista e suas implicações na história da educação e no trabalho educativo
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2017v2n1p5Palavras-chave:
Educação, Práxis pedagógica, FilosofiaResumo
Este trabalho pretende discutir os fundamentos filosóficos e políticos da educação, a partir da perspectiva materialista dialético-histórica, como visão de mundo, como método de análise e como práxis. Vivemos numa situação histórica paradoxal em relação às condições socioeconômico-culturais: de um lado, o discurso de que estamos no melhor dos mundos possíveis, de constante progresso técnico-científico e, de outro lado, a realidade de exploração da maioria dos seres humanos. Nosso objetivo é o de apresentar uma reflexão no sentido de desafiar os discursos e práticas e sua defesa do estado atual de coisas, que tem como fundamento o liberalismo político e o modo de produção capitalista, especificamente a questão da alienação e da ideologia e suas implicações na educação. Daí partirmos de uma reflexão-ação sobre as circunstâncias concretas, inseparável de uma reflexão-ação sobre as consciências, pois entendemos que a educação é uma atividade de interpretação-compreensão, assim como de intervenção-ação no mundo das relações concretas e contraditórias. Propomos o reconhecimento da atualidade do materialismo dialético-histórico e de sua potencialidade científica, histórica, filosófica e política, como possibilidade de construção do homem omnilateral, capaz de ter consciência do real e de práxis interventiva e transformadora, na superação e abolição de toda forma de educação puramente operacional, técnica, instrumental, exploratória e mercantilista. É preciso pensar uma “educação para além do capital”, que não se submeta ou se adapte aos interesses do capital, do “mercado de trabalho”. Nosso objetivo é discutir a possibilidade e a necessidade objetiva da construção da sociedade e do homem politicamente emancipados.Downloads
Referências
GOERGEN, P. Pós-Modernidade, Ética e Educação. Campinas: Autores Associados, 2001.
LÉNIN, V. I. As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo. Lisboa: Avante, 1984. (Obras Escolhidas 2).
MARX, K. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
MARX, K. Introdução à Crítica da Economia Política. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
MARX, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MARX, K. Crítica do Programa de Gotha. São Paulo: Boitempo, 2012.
MARX, K.; ENGELS, F. Textos Sobre Educação e Ensino. São Paulo: Moraes, 1983.
MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010.
MÉSZÁROS, I. A Educação Para Além do Capital. São Paulo: Boitempo, 2005.
NUNES, C. Educar para a Emancipação. Florianópolis: Sophos, 2003.
SAVIANI, D. Filosofia da educação: crise da modernidade e o futuro da filosofia da práxis. In: FREITAS, M.C (Org.). A reivindicação do futuro: trabalho, educação, política na globalização do capitalismo. São Paulo: Cortez; Bragança Paulista: USF-IFAN, 1996.
SAVIANI, D. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. Campinas: Autores Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico- Crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 1991. SCHAFF, A. A sociedade Informática. São Paulo: Brasiliense, 2001.
SHISKHIN, A. Ética. Buenos Aires: Cartago, 1966.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional. Esta licença permite que terceiros distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o material em qualquer meio ou formato apenas para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.