Autoconservação e anulação do ser infantil em tempos de dominação tecnológica ampliada
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2023v8n2p224Palavras-chave:
Infância; Sociedade Industrial; Tecnologia; Culturas Infantis.Resumo
O artigo objetiva elucidar o vínculo da tecnologia com a sociedade capitalista, com o seu modo de produção e de relação social, bem como tece reflexões acerca da forma como as mídias digitais operam e sobre as pesquisas que mostram como as mídias digitais se têm configurado no cotidiano das crianças e dos jovens. A questão que se coloca é a de que a autoconservação da infância, ou seja, a sua existência e a sua visibilidade nesse contexto, pressupõem a sua anulação, a destituição de sua identidade e de suas culturas. A perspectiva eleita é a da teoria crítica da sociedade, pela qual se evoca a lembrança da promessa emancipatória, ameaçada pelo poder adaptativo da totalidade. Sendo assim, neste artigo não se considera que a infância estaria fadada a desaparecer, tampouco que está ilesa do poder integrador da sociedade altamente racionalizada e organizada, mas se defende a necessidade de uma adequada valorização das culturas infantis.
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