Reformas religiosas e a expansão do acesso à educação
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2019v4n2p269Palavras-chave:
Acesso à Educação. Cristianismo. Educação. Reformas Religiosas.Resumo
Este trabalho estuda os movimentos históricos da religião cristã, comumente conhecidos como reforma e contrarreforma (expressão rejeitada por nós), e suas contribuições para a educação, considerando essencialmente a expansão do acesso a esta em sua forma sistematizada. O interesse é destacar as propostas e ações de cada lado, protestantes e católicos, e perceber de que maneira estes elementos contribuíram para que mais pessoas tivessem a oportunidade de ter contato com o conhecimento elaborado. A partir da trajetória histórica das concepções e organizações eclesiásticas, destacando experiências significativas do ponto de vista educacional, que, por vezes, eram essencialmente questões políticas. Objetivamos demonstrar as implicações educacionais que estes movimentos trouxeram ao longo da história até a chegada ao Brasil. A pesquisa se respalda numa vertente qualitativa, mediante procedimentos de pesquisa bibliográfica, usando como referenciais estruturantes os autores Hsia (2010), Lindberg (2001), Luzuriaga (1976) e Pereira (2012). Procuramos traçar as relações entre os movimentos religiosos e as ações políticas propostas com objetivos educacionais, seja pelo Estado ou pelas próprias igrejas, apoiados em historiadores que se debruçaram sobre o tema. Percebemos que as mudanças religiosas afetam e são afetadas pelo contexto político, pela visão da pessoa humana e de mundo.Downloads
Referências
.
ATAÍDES, F. M. Simonton: o missionário que impactou o Brasil. Arapongas: Aleluia, 2008.
BARBOSA, L. M. R. Estado e educação em Martinho Lutero: a origem do direito à educação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 144, p.866-885, set./dez. 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742011000300012. Acesso em: 10 fev. 2019.
CAPELO, L. C. Inventário do fundo documental da Universidade de Évora. Évora: Universidade de Évora, 2010.
COSTA, C. J.; MARTINS, F. J. S. Análise histórica, religiosa e educacional sobre o catecismo do Santo Concílio de Trento. Revista Brasileira de História das Religiões, Maringá, ano 2, n. 6, fev. 2010. Disponível em: http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf5/texto3.pdf. Acesso em: 3 mar. 2019.
D’AUBIGNÉ, J. H. M. História da reforma do XVI século. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1951.
DEIROS, P. A. Protestantismo en América Latina. [S. l.]:Editora Caribe, 1997.
DREHER, M. N. História do povo de Jesus: uma leitura latino-americana. São Leopoldo: Sinodal, 2013.
FERREIRA JUNIOR, A.; BITTAR, M. Pluralidade linguística, escola de bê-á-bá e teatro jesuítico no Brasil do século XVI. Educação e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 86, apr. 2004.
HILSDORF, M. L. S. O aparecimento da escola moderna: uma história ilustrada. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
HSIA, R. P.-C. El mundo de la renovación católica. Traducción de Sandra Chaparro Martínez. Madrid: Ediciones Akal S. A., 2010.
LEITE, S. L. S. I. Suma histórica da companhia de Jesus no Brasil. Lisboa: Junta de Investigações Ultramar, 1965.
LINDBERG, C. As reformas na Europa. Tradução de Luís Henrique Dreher, Luís Marcos Sander. São Leopoldo: Sinodal, 2001.
LUTERO, M. As 95 teses de Martinho Lutero. 1517. Disponível em: http://www.luteranos.com.br/lutero/95_teses.html. Acesso em: 4 abr. 2019.
LUTERO, M. Interpretação do novo testamento: Gálatas – Tito. Tradução de Paulo F. Flor, Luís H. Dreher. São Leopoldo: Sinodal; Canoas: ULBRA; Porto Alegre: Concórdia, 2008. (Obras selecionadas, v. 10).
LUZURIAGA, L. História da educação e da pedagogia. São Paulo: Editora Nacional, 1976.
MARTINS, I. L. D. João VI e a Biblioteca Nacional: um legado em papel. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2008. Curadoria e textos Ismênia de Lima Martins, Vitor Manuel Marques da Fonseca.
MENDONÇA, A. G.; VELASQUES FILHO, P. V. Introdução ao protestantismo no Brasil. São Paulo: Editora Loyola, 1990.
MIRANDA, M. Código pedagógico dos Jesuítas, Ratio Studiorum da Companhia de Jesus, regime e curriculum de estudos. Setúbal: Esfera do Caos Editores Lda., 2009.
PEREIRA, S. M.; VAZ, F. L. Universidade de Évora (1559-2009), 450 anos de modernidade educativa. Évora: Chiado Editora, 2012.
PROENÇA, W. L. Leituras na reforma e (Re) formas da Leitura. Práxis Evangélica, Londrina, n. 29, 2018.
RANDELL, K. Lutero e a reforma alemã 1517-1555. Tradução de Beatriz Sidou. São Paulo: Editora Ática, 1995
RIBEIRO, F. J. G. O primeiro mestre-escola do Brasil. Revista Letras, Curitiba, v. 10, p. 122-125, 1959. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/letras/article/viewFile/19953/13160. Acesso em: 20 jan. 2019.
SHIGUNOV NETO, A.; MACIEL, L. S. B. O ensino jesuítico no período colonial brasileiro: algumas discussões. Educar, Curitiba, n. 31, p. 169-189, 2008.
SILVA, A. Cinquenta anos de jesuítas em Évora, 1961-2011. Revista do Instituto Superior de Teologia de Évora, Évora, ano 24, n. 45, 2011.
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4. ed. rev. atual. Florianópolis: UFSC, 2005.
SIMON, E. A reforma. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1971.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional. Esta licença permite que terceiros distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o material em qualquer meio ou formato apenas para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.