Como seria a condução do caso Pequeno Hans atualmente?
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2024v9n4p1046Palavras-chave:
Psicanálise, Pequeno Hans, Educação, Medicalização InfantilResumo
O caso do Pequeno Hans é um estudo fundamental na psicanálise, fornecendo uma aplicação prática das teorias de Freud e ilustrando a complexidade do desenvolvimento emocional infantil. A análise da fobia de Hans oferece uma visão detalhada de como os conceitos psicanalíticos podem ser utilizados para entender e tratar questões emocionais. Embora o estudo tenha sido influente e tenha contribuído significativamente para a psicanálise, também gerou críticas que destacam a necessidade de uma análise mais crítica e a consideração de abordagens alternativas no campo da psicologia infantil. O caso de Hans continua a ser um importante ponto de referência e debate na história da psicanálise e na compreensão do desenvolvimento psíquico. Esse trabalho tem como objetivo analisar se o processo terapêutico descrito por Freud no caso do Pequeno Hans seria possível atualmente, optando-se pela metodologia de pesquisa qualitativa, amparada em uma revisão bibliográfica. Considerando que mesmo quem não deseje se apropriar dos contextos freudianos, autores como Bernard Charlot e Mariana Kupfer destacam a relevância da individualidade e da subjetividade do sujeito que apesar de singular, está submetido a uma realidade plural, consequentemente seu comportamento e sua perspectivas psíquicas tem diversos atravessamentos. Desta forma, questiona-se: atualmente o Pequeno Hans seria escutado ou medicalizado?
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