Cotas raciais e identidade negra na universidade

Maria Valéria Barbosa; Selma de Fátima Vanderley; Daniela Almeida Lira

doi:10.5433/1984-7939.2025.v10.52083

Autores

Maria Valéria Barbosa Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Selma de Fátima Vanderley Universidade Estadual Paulista (Unesp) https://orcid.org/0000-0001-9051-730X
Daniela Almeida Lira Universidade Estadual Paulista (Unesp)

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-7939.2025.v10.52083

Palavras-chave:

Políticas de ação afirmativa, Cotas raciais, Identidade

Resumo

Este trabalho, oriundo de pesquisa de doutorado, teve como objetivo analisar se as cotas raciais contribuem para a construção da identidade de graduandos/as cotistas de universidade pública. As cotas raciais foram importantes para a democratização do acesso ao ensino superior, bem como, espaço de visibilidade e transformação do grupo beneficiado e as resistências engendradas pelas diversas frentes negras tem parte importante nessas conquistas. A proposta deste artigo é apresentar os resultados obtidos na referida pesquisa no que tange aos benefícios líquidos que a política social reverbera em cada sujeito beneficiário, no seu meio social, na universidade e na sociedade.

Downloads

Biografia do Autor

Maria Valéria Barbosa, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professora Assistente na Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Marília, São Paulo, Brasil. Endereço eletrônico: valeria.barbosa@unesp.br.

Selma de Fátima Vanderley, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Assistente Social do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Tupã, São Paulo, Brasil. Endereço eletrônico: selma.f.vanderley@gmail.com.

Daniela Almeida Lira, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Mestra em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Marília, São Paulo, Brasil. Endereço eletrônico: daniela.almeidalira@gmail.com.

Referências

BRASIL. Decreto nº 7.824, de 11 de outubro de 2012. Regulamenta a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Brasília: Presidência da República, 2012a.

BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2012b.

DRAIBE, Sônia Miriam. Avaliação de implementação: esboço de uma metodologia de trabalho em políticas públicas. In: BARREIRA, Maria Cecília Roxo Nobre; CARVALHO, Maria do Carmo Brant (org.). Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo: IEE PUC, 2001. p. 13-42.

IBASE – INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS. Não deixe sua cor passar em branco. Responda com bomc/senso. Rio de Janeiro: IBASE, 1990. Disponível em: https://lae.princeton.edu/catalog/9dd57841-0fab-4ed2-8fe8-17baf0c17c9a?locale=pt-BR#?c=0&m=0&s=0&cv=2&xywh=142%2C2430%2C937%2C847. Acesso em: 21 ago. 2022.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral. População, por cor ou raça. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6403#/g/42/v/608/p/202001/c86/all/d/v608%201/l/v,p+c86,t/resultado. Acesso em: 18 ago. 2022.

MUNANGA, Kabengele. Negritude afro-brasileira: perspectivas e dificuldades. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 33, p. 109-117, 30 dez. 1990. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/2179-0892.ra.1990.111217. DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.1990.111217

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis. RJ: Vozes, 1999.

NOGUEIRA, Oracy. Preconceito de Marca: as relações raciais em Itapetininga. São Paulo: Edusp, 1998.

RIOS, Roger Raupp. Pretos e pardos nas ações afirmativas: desafios e respostas da autodeclaração e da heteroidentificação. In: DIAS, Gleidson Renato Martins; TAVARES JUNIOR, Paulo Roberto Faber (org.). Heteroidentificação e Cotas Raciais: dúvidas, metodologias e procedimentos. Canoas: IFRS Campus Canoas, 2018. p. 216-252.

SANT’ANNA, Wania. Não deixe a sua cor passar em branco – o que esperar para o Censo de 2010. Portal Geledés, São Paulo, 2 jul. 2009. Disponível em: https://www.geledes.org.br/nao-deixe-sua-cor-passar-em-branco-o-que-esperar-para-o-censo-de-2010/. Acesso em: 30 jun. 2022.

SANTOS, Reinaldo. O que as bancas de heteroidentificação precisam saber?. In: 1ª CAPACITAÇÃO das comissões de heteroidentificação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: UFMS, 4 nov. 2021.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Famílias inter-raciais: tensões entre cor e amor'. Salvador: Edufba, 2018. 146 p.