As proezas de Jiló: ecos da malandragem em Roque Santeiro
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2019v14.e38175Palavras-chave:
Telenovela, Arquétipo, Ficção, Mito, MalandragemResumo
Herdeira de manifestações ligadas a expressões populares, tais como as narrativas folhetinescas, as radionovelas e o melodrama, a telenovela notabiliza-se por ser gênero de representação da cultura nacional. Ancorada em uma estrutura que dialoga intensamente com outros artefatos da cultura popular, a narrativa televisual apresenta personagens que se filiam a arquétipos. Assim, o presente trabalho intenciona tecer considerações acerca da representação do arquétipo da malandragem presente na personagem “Jiló”, da telenovela Roque Santeiro. Inicialmente, o texto situa a representação desse arquétipo na literatura nacional, desnuda como essa figura de relevância para a representação do país foi absorvida pela cultura de mídia, tornando-se bastante expressiva nas telas.
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