As proezas de Jiló: ecos da malandragem em Roque Santeiro

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2019v14.e38175

Palabras clave:

Telenovela, Arquétipo, Ficção, Mito, Malandragem

Resumen

Herdeira de manifestações ligadas a expressões populares, tais como as narrativas folhetinescas, as radionovelas e o melodrama, a telenovela notabiliza-se por ser gênero de representação da cultura nacional. Ancorada em uma estrutura que dialoga intensamente com outros artefatos da cultura popular, a narrativa televisual apresenta personagens que se filiam a arquétipos. Assim, o presente trabalho intenciona tecer considerações acerca da representação do arquétipo da malandragem presente na personagem “Jiló”, da telenovela Roque Santeiro. Inicialmente, o texto situa a representação desse arquétipo na literatura nacional, desnuda como essa figura de relevância para a representação do país foi absorvida pela cultura de mídia, tornando-se bastante expressiva nas telas.

Biografía del autor/a

Rondinele Aparecido Ribeiro, Universidade Estadual Paulista

Mestre Universidade Estadual Paulista 

Francisco Cláudio Alves Marques, Universidade Estadual Paulista

Doutor Universidade de São Paulo. Professor no UNESP – Assis.

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Publicado

2019-11-19

Cómo citar

Ribeiro, R. A., & Marques, F. C. A. (2019). As proezas de Jiló: ecos da malandragem em Roque Santeiro. Boitatá, 14(28), 142–155. https://doi.org/10.5433/boitata.2019v14.e38175