Cultivo da aceroleira irrigada com água salina sob proporções de fósforo e nitrogênio
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n2p395Palavras-chave:
Malphigia emarginata, Nutrição mineral, Irrigação, Estresse salino, Adubação.Resumo
Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da salinidade de água e proporções fósforo/nitrogênio sobre o crescimento, composição foliar de macronutrientes e sódio e a produção da aceroleira. A pesquisa foi realizada em ambiente protegido, em lisímetros preenchidos com Neossolo Regolítico de textura franco-argilosa e baixo teor inicial de fósforo. O experimento foi desenvolvido em ambiente protegido, em lisímetros com Neossolo Regolítico; o delineamento foi o de blocos casualizados com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 5 x 4, referente aos níveis níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,6; 1,4; 2,2; 3,0 e 3,8 dS m-1) e quatro proporções percentuais de fósforo e nitrogênio P/N (100:100; 140:100; 100:140 e 140:140% P/N), com três repetições. As doses de fósforo e nitrogênio correspondentes a 100% da recomendação de adubação fosfatada e nitrogenada foram de 45,0 g de P2O5 planta ano-1 e 23,85 g de N planta ano-1, respectivamente. As plantas de aceroleira foram conduzidas sob irrigação com água salina durante 365 dias, onde foram avaliadas quanto às características de crescimento, composição mineral foliar e produção. O aumento da salinidade da água de irrigação aumenta os teores de sódio nos tecidos a níveis prejudiciais ao crescimento, composição mineral foliar e produção da aceroleira. Adubação com 140% da recomendação de fósforo e de nitrogênio inibe a ação do estresse salino, promovendo maior produção das plantas de aceroleira irrigadas com água de até 3,0 dS m-1.Downloads
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