Saber que Importa: Experiencias, Memorias, Imitación y Creación en Agricultura Ecológica

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n2e46197

Palabras clave:

memoria colectiva, creatividad, mimetismo, agroecología

Resumen

Recuperando una experiencia de investigación etnográfica en el estado de Santa Catarina, Brasil, este artículo discute la relación entre saberes, memorias, imitaciones y procesos creativos entre agricultores ecológicos. La investigación se realizó con agricultores familiares ecologistas entre 2008 y 2009 en diferentes situaciones, especialmente en reuniones, visitas técnicas y ferias, además de entrevistas individuales. Los saberes se articulan con memorias y prácticas de generaciones anteriores, pero el sentido de experimentación de los campesinos es fundamental en las actividades cotidianas, organizándose en una danza entre imitación, adaptación y creación. El saber que circula es parte de un patrimonio de relaciones y cultura: se actualiza, se recompone, se renueva y genera diversidad. Este proceso proviene de las relaciones en la agricultura, que por lo tanto involucran seres no vivos y seres vivos no humanos cuyas dinámicas de generación, maduración e interacciones no están totalmente controladas por los humanos.

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Biografía del autor/a

Guilherme Francisco Waterloo Radomsky, Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doctorado en Antropología Social por la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (2010). Docente del Departamento y del Programa de Posgrado en Sociología de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul.

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Publicado

2023-05-30

Cómo citar

RADOMSKY, Guilherme Francisco Waterloo. Saber que Importa: Experiencias, Memorias, Imitación y Creación en Agricultura Ecológica. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 28, n. 2, p. 1–18, 2023. DOI: 10.5433/2176-6665.2023v28n2e46197. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/46197. Acesso em: 21 nov. 2024.

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