Saber que Importa: Experiencias, Memorias, Imitación y Creación en Agricultura Ecológica
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n2e46197Palabras clave:
memoria colectiva, creatividad, mimetismo, agroecologíaResumen
Recuperando una experiencia de investigación etnográfica en el estado de Santa Catarina, Brasil, este artículo discute la relación entre saberes, memorias, imitaciones y procesos creativos entre agricultores ecológicos. La investigación se realizó con agricultores familiares ecologistas entre 2008 y 2009 en diferentes situaciones, especialmente en reuniones, visitas técnicas y ferias, además de entrevistas individuales. Los saberes se articulan con memorias y prácticas de generaciones anteriores, pero el sentido de experimentación de los campesinos es fundamental en las actividades cotidianas, organizándose en una danza entre imitación, adaptación y creación. El saber que circula es parte de un patrimonio de relaciones y cultura: se actualiza, se recompone, se renueva y genera diversidad. Este proceso proviene de las relaciones en la agricultura, que por lo tanto involucran seres no vivos y seres vivos no humanos cuyas dinámicas de generación, maduración e interacciones no están totalmente controladas por los humanos.
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