Territórios do Conhecimento: o Debate Bioético da IA Responsável e Decolonial
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2024v29n3e50076Palavras-chave:
inteligência artificial, bioética, decolonialidade, IA responsávelResumo
O artigo explora os alinhamentos das perspectivas bioéticas e decoloniais com as premissas da inteligência artificial responsável (IAR). Propõe, desse modo, exames atentos sobre os conflitos implícitos nos termos ‘decolonialidade’ e ‘territórios do conhecimento’. Apresenta as aproximações dos debates acerca da biopolítica e necropolítica com a bioética, associando-os aos possíveis impactos da inteligência artificial (IA). Dado o inevitável alcance da IA em todas as esferas da sociedade, o olhar decolonial explicita o quanto a monocultura reforça ideias epistêmicas com potencial opressor sobre minorias e grupos que têm sido alvos desde as práticas coloniais até os dias atuais. Ao apresentar os princípios da IAR, o artigo ressalta o risco de absorver, sem o necessário pensamento crítico, as regras formais importadas do Norte Global como “A” solução para mitigar os possíveis impactos da IA, quando se fazem necessárias ações educativas e de comunicação dentro da cultura, que só serão possíveis partindo-se do entendimento de que a IAR é uma IA Lenta.
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