Coloniality in health practices and resistances of ‘benzedeiras’ and ‘mães de santo’

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2020v25n2p488

Keywords:

Coloniality, Traditional knowledge of healing, Benzedeiras, Mães de santo, Cosmopolitics

Abstract

The aim of this paper is to investigate forms of resistance among women that conduct healing and health practices, which consists of alternative methods to the hegemonic western medicine imposed on bodies by the coloniality of power, knowledge and being. This analysis is based on ethnographic research, with mães de santo, in two terreiros de Linha Cruzada, in Rio Grande do Sul, and with benzedeiras from the Movimento Aprendizes da Sabedoria (MASA) in Paraná. We propose to discuss, from what these women evoke and carry out, ways of know how that show ruptures to the western-patriarchal model of knowledge production about bodies and health. Their practices and knowledge of healing, stimulated in these two ethnographic contexts, produce intense relations with humans and non-humans (plants, water, earth, animals, orixás, popular saints, monks, etc.), in which different entities act as intensities and powers relational. Benzedeiras and mães de santo demand the recognition of their religious and healing practices that have historically been discriminated, censored, monitored and repressed by the State, as in cases where Afro-religious were persecuted and the benzedeiras held on charges of carrying out illegal healing activities

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Josiane Carine Wedig, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

PhD in Social Sciences in Development, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ. Professor of the Masters in Regional Development at UTFPR.

João Daniel Dorneles Ramos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

PhD in Social Anthropology from the Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

References

ANJOS, José Carlos Gomes dos. A filosofia política da religiosidade afro-brasileira como patrimônio cultural africano. Debates do NER, Porto Alegre, v. 9, n. 13, p. 77-96, 2008.

ANJOS, José Carlos Gomes dos. No território da linha cruzada: a cosmopolítica afro-brasileira. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2006.

ANJOS, José Carlos Gomes dos; ORO, Ari Pedro. Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre: sincretismo entre Maria e Iemanjá. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Cultura, 2009.

ANJOS, José Carlos Gomes dos; SILVA, Sergio Baptista da (org.). São Miguel e Rincão dos Martimianos: ancestralidade negra e direitos territoriais. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2004.

BLASER, Mario. La ontologia política de um programa de caza sustentable. Red de Antropologías del Mundo, [S. l.], n. 4, p. 81-107, 2009.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. “Transformação” na antropologia, transformação da “antropologia”. Mana, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 151-171, abr. 2012.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 115-144, out. 1996.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. Uma figura de humano pode estar ocultando uma afecção-jaguar. Multitudes, Paris, n. 24, 2006.

CONHECIMENTOS tradicionais e mobilizações políticas: o direito de afirmação da identidade de benzedeiras e benzedores, municípios de Rebouças e São João do Triunfo, Paraná. Boletim Informativo: Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil, Manaus, n. 5, out. 2011.

CRENSHAW, Kimberlé Williams. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. In: CRUZAMENTO: raça e gênero. São Paulo: Ação Educativa, 2012. p. 7-16.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2007. v. 4.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2008. v. 5.

ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la tierra: nuevas lecturas sobre desarrollo, territorio y diferencia. Medellín: Ediciones UNAULA, 2014.

ESCOBAR, Arturo. Territorios de diferencia: lugar, movimientos, vida, redes. Popayán: Envión, 2010.

FACHEL, José Fraga. Monge João Maria: recusa dos excluídos. Porto Alegre: Editora UFRGS, 1995.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. São Paulo: Paz & Terra, 2015a.

FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense, 2015b.

GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n. 1, p. 25-49, jan./abr. 2016.

GUATTARI, Felix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1996.

LATOUR, Bruno. Investigação sobre os modos de existência: uma antropologia dos modernos. Petrópolis: Vozes, 2019.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34, 1994.

LATOUR, Bruno. Quel cosmos? Quelle cosmopolitiques. In: LOLIVE, Jacques; SOUBEYRAN, Olivier (org.). L’émergence des cosmopolitiques. Paris: La Découverte, 2007. p. 69-84.

LUGONES, Maria. Colonialidad y género. Tabula Rasa, Bogotá, n. 9, p. 73-101, 2008.

LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, set./dez. 2014.

NATHAN, Tobie; STENGERS, Isabelle. Médecins et sorciers. Paris: Éditions La Découverte, 2012.

NEGRÃO, Lísias Nogueira. Entre a cruz e a encruzilhada: formação do campo umbandista em São Paulo. São Paulo: Edusp, 1996.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A Colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clasco, 2005. p. 117-142.

RAMOS, João Daniel Dorneles. O Cruzamento das Linhas: Aprontamento e Cosmopolítica entre umbandistas em Mostardas, Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2015. 273 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2015.

SHIVA, Vandana. Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003.

STENGERS, Isabelle. Cosmopolitiques VII: pour en finir avec la tolerance. Paris: La Découverte, 1997.

STENGERS, Isabelle. The doctor and the charlatan. Cultural Studies Review, Sidney, v. 9, n. 2, p. 11-36, nov. 2003.

WALLERSTEIN, Immanuel. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.

WEDIG, Josiane Carine. Rede Puxirão de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná: luta pelo território e pela diferença. Tese (Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2015

Published

2020-08-25

How to Cite

WEDIG, Josiane Carine; DORNELES RAMOS, João Daniel. Coloniality in health practices and resistances of ‘benzedeiras’ and ‘mães de santo’. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 25, n. 2, p. 488–503, 2020. DOI: 10.5433/2176-6665.2020v25n2p488. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/37000. Acesso em: 25 nov. 2024.

Issue

Section

Articles

Similar Articles

1 2 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.