A Identidade indígena
memória e resistência na escrita de Eliane Potiguara
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e47973Palavras-chave:
Eliane Potiguara; Mulheres Indígenas; MemóriaResumo
O presente artigo é uma análise da obra da escritora indígena Eliane Potiguara, Metade cara, metade máscara (2019) à luz das teorias pós-coloniais e a identidade indígena. A abordagem privilegia a representação da mulher indígena na literatura de Potiguara, a voz coletiva dos povos indígenas brasileiros, o gênero, a raça e a luta pelo território dos habitantes originários do Brasil. As letras e vozes contracoloniais das mulheres indígenas são um manifesto antirracista permanente desde a memória oral das anciãs até as escritas que chegam às salas de aula, educando para o respeito à Mãe Terra e seus corpos-territórios dissidentes. Com a instrumentação teórica de Peles negras, máscaras brancas (2008) de Frantz Fanon, analiso as identidades cindidas das “peles vermelhas, máscaras brancas” resultantes do racismo antiindígena dos neocolonizadores; e as pedagogias decoloniais que vislumbram vários mundos e várias formas de conhecimento como o Feminismo Comunitário de Lorena Cabnal (2018) que reúne mulheres latino-americanas, habitantes de Abya Yala: mulheres indígenas, negras, mestiças, identidades violentadas desde o século XVI pelo patriarcado, branco, cristão e capitalista. A Literatura Indígena é uma área de conhecimento que conscientiza todos nós sobre a urgência em defender nossa natureza e todos os povos que lutam pela sua preservação
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