Deslocamentos e errâncias: a criação de escritas perform-ativas
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2018v13.e48215Palavras-chave:
Escrita, Corpo, Literatura, ErrânciaResumo
O presente artigo apresenta algumas reflexões, análises e criações poéticas feitas durante a pesquisa de doutorado intitulada Escritas performativas: textualidades criadas por corpos e espaços, nela a autora relaciona a experiência corporal de escritores durante caminhadas e errâncias e os resultados textuais alcançados. O intuito é de refletir sobre a natureza dos textos que emergem de tais práticas, considerando corpo e mente como duas entidades integradas. Parti, assim, da seguinte questão: seria possível engajar o corpo na atividade de escrita? A fim de responder a essa pergunta, tracei uma breve história do corpo e de sua relação com a escrita desde a modernidade, utilizando estudos de historiadores como Georges Vigarello e David Le Breton, de filósofos, como Deleuze e Rousseau e de críticos literários, como Dominique Rabaté. O intuito é demonstrar que a visão cartesiana do homem cindido – em que mente e corpo são instâncias separadas – é uma construção histórica e que pode, portanto, ser questionada e combatida
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