(Re)politizando o conceito de gênero: a participação política das mulheres no MST
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2009v14n2p198Palabras clave:
MST, Mulheres, Relações de GêneroResumen
Neste artigo procuramos examinar a complexa e contraditória construção do Setor de Gênero como parte da estrutura organizativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O pano de fundo são as tensões em torno da participação política das mulheres na luta pela terra, em que a ênfase inicial dada à categoria mulher vai sendo substituída pela de gênero. Mais do que simples alterações na nomenclatura, trata-se do desafio de compreender teoricamente e construir, na prática política, novas relações de gênero. Na contramão de um uso cada vez mais academicista, este processo acena para a (re)politização do conceito de gênero.Descargas
Citas
BONFIN, Cristiane. O jeito feminino de lutar pela reforma agrária. Jornal O Povo. 08 mar. 2002. Disponível em: http://www.opovo.com/.
BRUMER, Anita; ANJOS, Gabriele dos. Relações de gênero em assentamentos: a noção de empoderamento em questão. In: LOPES, Adriana; BUTTO, Andrea. (org.). Mulheres na Reforma Agrária. A experiência recente no Brasil. Brasília: MDA, 2008.
COLETIVO NACIONAL DE MULHERES DO MST. A questão da mulher e o MST. São Paulo: MST, 1996.
COLETIVO NACIONAL DE MULHERES DO MST. Compreender e construir novas relações de gênero. São Paulo: MST, 1998.
COLETIVO NACIONAL DE GÊNERO DO MST. (2000). Mulher Sem Terra. São Paulo: MST.
DEERE, Carmen. Os direitos da mulher à terra e os movimentos sociais rurais na reforma agrária brasileira. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 12, n. 1, 2004.
ESMERALDO, Gema. Ruídos com marcas de transgressões ancoradas em Mulheres Assentadas. In: LOPES, Adriana; BUTTO, Andrea. (org.). Mulheres na Reforma Agrária. A experiência recente no Brasil. Brasília: MDA, 2008.
FRANCO, Maria. A luta pela terra sob enfoque de gênero: os lugares da diferença no Pontal do Paranapanema. 2004. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2004.
GONÇALVES, Renata. Vamos acampar? A luta pela terra e a busca pelo assentamento de novas relações de gênero no MST do Pontal do Paranapanema. 2005. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
GONÇALVES, Renata. Sem pão e sem rosas: do feminismo marxista impulsionado pelo Maio de 1968 ao academicismo de gênero. Lutas Sociais, São Paulo, n. 21/22, 2009.
JORNAL SEM TERRA. Sem a luta das mulheres, as conquistas ficam pela metade. Novembro, 1995.
JORNAL SEM TERRA. O MST deve lutar também contra o machismo. Março, 1996.
MACHADO, Lia Zanota. Gênero, um novo paradígma? Cadernos Pagu, Campinas, n. 11, 1998.
MORAES, Maria Lygia Quartim de. Usos e limites da categoria gênero. Cadernos Pagu, Campinas, n. 11, 1998.
MST. Normas gerais do MST. São Paulo: MST, 1989.
MST. Documento Básico do MST. São Paulo: MST, 1993.
PAULILO, Maria Ignez. O peso do trabalho leve. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 5, n. 28, 1987.
PAVAN, Dulcinéia. As Marias Sem-Terras: trajetória e experiências de vida de mulheres assentadas em Promissão/SP (1985/1996). 1998. Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1998.
PISCITELLI, Adriana. Re-criando a (categoria) mulher? In: ALGRANTI, Leila Mezan (org.). A prática feminista e o conceito de gênero. Col. Textos didáticos, n. 48. Campinas: Unicamp/IFCH, 2002.
RUA, Maria das Graças; ABRAMOVAY, Miriam. Companheiras de luta ou “coordenadoras de panelas”? As relações de gênero nos assentamentos rurais. Brasília: UNESCO, 2000.
RUBIN, Gayle. The traffic in women: notes on the ‘political economy’ of sex’. In: REITER, Rayna. (org.). Toward an antropology of women. Nova Iorque: Montly Review Press, 1975.
SAFFIOTI, Heleieth. Posfácio: conceituando o gênero. In: SAFFIOTI Heleieth; MUÑOZ-VARGAS, Monica. (org.). Mulher brasileira é assim. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1994.
SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 2, n. 20, 1995.
SETOR NACIONAL DE GÊNERO. Construindo novas relações de gênero: desafiando relações de poder. São Paulo: MST, 2003.
SETOR NACIONAL DE GÊNERO. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, 2004. Disponível em: www.mst.org.br/mstsp/sgen.html. Acesso em: 14 jul. 2004.
SILVA, Cristiani. Bereta da. Homens e mulheres e movimento: relações de gênero e subjetividade no MST. Florianópolis: Momento Atual, 2004.
SILVA, Cristiani. Relações de gênero e subjetividade no devir MST. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 12, n. 1, 2004a.
STÉDILE, João Pedro; FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Perseu Abramo, 1999.
VICENTE, Lourdes. Mulher sem terra na luta por reforma agrária: entrevista. MST. Disponível em: http://www.mst.org.br/node/2964. Acesso em: nov. 2009.
WOORTMANN, Ellen. O saber tradicional camponês e inovações. In: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino; MARQUES, Marta Inez Medeiros (org.). O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa Amarela/ Paz e Terra, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los derechos de autor de los artículos publicados en Mediations son del autor; En caso de republicación parcial o total de la primera publicación, se solicita a los autores que indiquen la publicación original en la revista.
Mediações utiliza la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International, que proporciona acceso abierto, permitiendo a cualquier usuario leer, descargar, copiar y difundir su contenido, siempre que esté debidamente referenciado.
Las opiniones emitidas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.