Para uma crítica ao primado das forças produtivas na análise da formação do operariado em classe

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2007v12n2p115

Palabras clave:

Classe operária, Trabalho imaterial, Forças produtivas

Resumen

Esse artigo pretende discutir a formação do operariado em classe. Para tal, faremos a análise crítica das teorias que se valem da homogeneidade política dos trabalhadores da indústria, do caráter revolucionário do operariado politécnico nos anos 1960 e 1970 na Europa, bem como do trabalho imaterial como força produtiva central hoje. A caracterização da estrutura de classes e, em especial, da classe revolucionária define-se nessas correntes teóricas com base na determinação geral do primado das forças produtivas. O desenvolvimento dessas forças (no interior da perspectiva do progresso técnico) respaldou, e parece ainda respaldar, as análises da sociologia dominante quanto à formação da classe operária e de sua superação na atualidade. Aqui, exporemos criticamente três teorias que são exemplos desse determinismo analítico, fundamentando, sobretudo, os seus limites.

Biografía del autor/a

Henrique Amorim, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Professor da Universidade Federal de São Paulo - UNIFSP.

Citas

BOITO JR., Armando. A constituição do proletariado em classe, a propósito do Manifesto Comunista de Marx e Engels. Crítica Marxista, n. 6, Campinas,1998, p. 115-125.

BRAVERMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no Século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.

LAZZARATO, Maurizio. Le Cycle de la Production Immatériel. Futur Antérieur, n. 16, Paris, 1993.

LAZZARATO, Maurizio. Le Concept de Travail Immatériel. Futur Antérieur, n. 10, Paris, 1992, p. 114

LOJKINE, Jean. A Revolução Informacional. São Paulo: Cortez, 1992.

MALLET, Serge. Le Pouvoir Ouvrier: bureaucratie ou democratie ouvrière. Paris: Anthropos, 1971.

MALLET, Serge. La Nouvelle Classe Ouvrière. Paris: Éditions du Seuil, 1969.

MARGLIN, Sthepen. Origem e funções do parcelamento das tarefas (para que servem os patrões?). In: GORZ, André (org.). Crítica da Divisão do Trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 37-77.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 1996.

MARX, Karl. Capítulo VI Inédito de O Capital: resultados do processo de produção imediata. São Paulo: Moraes, 1983. p. 133-140.

NEGRI, Toni; VINCENT, Jean-Marie. Paradoxes autour du travail. Futur Antérieur, Paris, n. 10, p. 5-8, 1992.

SAES, Décio. Considerações sobre a análise dos sistemas de classe. In: BOITO JR, Armando et alli. Marxismo e Ciências Humanas. São Paulo: Xamã, 2003.

TOSEL, André. Centralité et non-centralité du travail ou la passion des hommes superflus. In: BIDET, Jaques; TEXIER, Jaques. La Crise du Travail. Paris: PUF, 1994. p. 209-218.

VINCENT, Jean M. Les automatismes sociaux et le ‘général intellect’. Futur Antérieur, Paris, n. 16, p. 121-130, 1993.

Publicado

2007-12-15

Cómo citar

AMORIM, Henrique. Para uma crítica ao primado das forças produtivas na análise da formação do operariado em classe. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 12, n. 2, p. 115–131, 2007. DOI: 10.5433/2176-6665.2007v12n2p115. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/3321. Acesso em: 7 jul. 2024.

Número

Sección

Artículos