Diversidade cultural, pluralidade, diferença: qual é a questão?
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2011v16n1p275Palavras-chave:
Currículo, Democracia, Diversidades culturais, Foucault, RancièreResumo
O presente artigo busca discutir a presença, na educação brasileira, da questão das diversidades culturais tornadas necessidades curriculares. Para melhor entender essa questão, analisamos sua emergência através de alguns documentos federais – Tema transversal Pluralidade Cultural, nos PCN, As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e o Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade, visando reconhecer as conexões estabelecidas nos citados documentos com as lutas contemporâneas vinculadas ao reconhecimento identitário. Trata-se de traçar um paralelo, mesmo que inicial, entre tais lutas e questões da democracia contemporânea, a partir das noções de desentendimento em Jacques Rancière e de poderes e direitos em Michel Foucault.Downloads
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004.
Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Programa ética e cidadania:
construindo valores na escola e na sociedade: relações étnico-raciais e de gênero. Brasília: Ministério da Educação, 2007. (Módulo 1: Ética).
FONSECA, Márcio Alves. Para pensar o público e o privado: Foucault e o tema das partes de governar In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo (org.). Figuras de Foucault. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 155-163.
FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade I: a vontade de saber. 5. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H. L.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica, para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
FOUCAULT, Michel. Face aux gouvernements, lês droits de l´homme. In: FOUCAULT, Michel. Dits et écrits II: 1976-1988. Paris: Quarto Gallimard, 2001.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: curso dado no collège de France (1978- 1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008a. (Coleção Tópicos).
FOUCAULT, Michel. Le Gouvernement de soi et des autres: cours au collège de France 1982-1983. Paris: Gallimard, 2008b.
GIACÓIA JUNIOR, Oswaldo. Sobre direitos humanos na era da bio-política. Kriterion, Belo Horizonte, v. 49, n. 118, p. 267-308, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S0100-512X2008000200002. Acesso em: 23 nov. 2009.
NATERCIA, Flávia. Em nome do dissenso, filósofo francês redefine termos e conceitos na arte e na política. Ciência e Cultura, São Paula, v. 57, n. 4, p. 16- 16, 2005. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S000967252005000400011&script=sci_arttext. Acesso em: 17 nov. 2009.
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. São Paulo: Ed. 34,1996. (Coleção TRANS).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.