Cotas eleitorais e seus impactos: uma análise interseccional das candidaturas e representação feminina negra no legislativo federal
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2024v29n3e49776Palavras-chave:
Lei de cotas de gênero, Legislativo federal, Mulheres negras, Interseccionalidade, Representação políticaResumo
Esta pesquisa tem como objetivo traçar uma análise sobre as cotas eleitorais e seu impacto nas candidaturas e eleições de mulheres negras nas eleições para deputadas federais. A literatura que versa sobre a participação feminina na política aponta para a sub-representação, mesmo com as dinâmicas de inserção de leis, cotas e mudanças nas regras eleitorais. Cruzados com a questão racial, os dados apontam que a sub-representação é ainda mais adversa. Portanto, buscamos identificar quais mulheres autodeclaradas negras conseguiram se eleger em 2014, 2018 e 2022 e como os modelos normativos, mediante as cotas e minirreformas, oportunizaram estas vitórias. Como resultado, percebemos que em 2014f oram eleitas 80,4% brancas e 19,6% negras; em 2018, 81,8% brancas e16,9% negras; e no ano de 2022, 63,7% brancas e 31,9% negras. O recorte racial é um divisor, e mais que isso, pois, ao representar a inclusão, reforça a permanência velada de um país racista.
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