Silêncios, cheiros, sons e toques ritmados pelo batimento sanguíneo dos rapsodos
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2012v7.e31242Palabras clave:
Silêncio, gestos, oralidade, performanceResumen
Provocado por vozes teóricas que demonstram preocupações angustiadas para uma suposta extinção das narrativas ancestrais sufocadas pelo advento da palavra impressa ou do mundo contemporâneo, construo exercícios de escrita compreendendo que o poeta rapsodo ainda não ficou privado de uma faculdade que lhe parecia segura e inalienável: sua capacidade de intercambiar experiências. Pelo contrário, operando pelos meandros de um intenso interfluxo semiótico, pouco perceptível à sensibilidade dos estudos fundamentados em racionalidades indolentes, essas vozes desconstroem binarismos como aqueles separando o corpo do espírito, tecendo narrativas merecedoras de análises de maior complexidade. Na busca de argumentos que coloquem a prova as questões levantadas, há o desejo de analisar esses contágios e manipulações de séries corpo-semióticas e seus desdobramentos para o labor artístico desses artífices silenciosos. Pela necessidade de investigação para o objeto proposto, foram realizados os seguintes cuidados metodológicos: pesquisas bibliográficas pertinentes às temáticas à questão; exploração deste material teórico para a sistematização da complexidade dos objetos propostos para estudo; realização de entrevistas na busca do registro de narrativas para análise, e tratamento exaustivo às leituras realizadas refletido nesse exercício escrito-epistemológico.
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