Pro que que eu tô com os meus cabelo branco se não é pra sabê as coisa?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e49733

Palavras-chave:

Dona Nena, quilombolas, Quilombo da Mormaça, oralidade

Resumo

As comunidades quilombolas rurais são locais em que os saberes orais e populares são abundantes. No entanto, estes modos de conhecimento não costumam ser reconhecidos pela sociedade ocidental capitalista “desenvolvida”, especialmente nas instituições escolares e acadêmicas. Este artigo busca trazer histórias e memórias de uma griô quilombola do Sul do Brasil. Suas histórias contam a sua gente e os processos de “envolvimento” e resistência em mais de cem anos em meio a um espaço historicamente racista e excludente. O referencial teórico que coteja o texto traz as reflexões do malinês Amadou Hampaté Bâ (2010) e do autor quilombola Antônio Bispo dos Santos (2015; 2023). Dona Nena, irá completar 104 anos em 2024 e suas histórias são um convite a conhecermos e valorizarmos a história, os modos de viver e a sabedoria popular quilombola.

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Biografia do Autor

Vanda Aparecida Fávero Pino, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2022). Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Caxias do Sul. Contato: vandafaveropino@gmail.com.

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Publicado

2024-03-22

Como Citar

Vanda Aparecida Fávero Pino. (2024). Pro que que eu tô com os meus cabelo branco se não é pra sabê as coisa?. Boitatá, 18(35), e023008. https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e49733