O (não)lugar do indígena na "Literatura Brasileira": por onde começar a inclusão?
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2011v6.e31197Palavras-chave:
Indígena, Literatura Brasileira, Identidade, Resistência, InclusãoResumo
Repensar a literatura brasileira, inserindo a produção do índio no rol de textos canonizados, implica não aceitar que, na verdade, o que se tem no Brasil é nada mais que uma literatura lusófona. Ao enaltecer a literatura indígena não se pretende dar um valor apenas para compensar um sentimento de dívida, mas de dar visibilidade a algo que existe há muito tempo, inclusive antes da chegada da escrita ao território do que hoje é chamado Brasil. O exercício que se há de fazer é para a valorização da literatura indígena, seja ela oral ou escrita, em língua autóctone ou em língua portuguesa, como objetos estéticos e culturais singulares, percebendo o que essa literatura tem de específica e de universal ao mesmo tempo. Também os indígenas concordam que se a escrita for imprescindível ela deve ser um recurso, contanto que eles obtenham um espaço: “o índio fala, o índio pensa. Então, vamos passar na escrita, pra que a sociedade entenda melhor o povo indígena”.
Downloads
Referências
ALENCAR, José de. Iracema. 24. Ed. São Paulo: Ática, 1991. (Bom Livro).
ANDRADE, Oswald. Erro de português. In: Poesias reunidas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
ARARIPE JÚNIOR. Obra crítica. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1958-1970. 5.v.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e estética: a teoria do romance. 2. Ed. São Paulo: Ed. UNESP/Hucitec, 1990.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.
BERND, Zilá. O elogio da crioulidade: o conceito de hibridação a partir dos escritores francófonos do Caribe. In: ABDALA JUNIOR, Benjamin (org.). Margens da cultura: mestiçagens, hibridismo e outras misturas. São Paulo: Boitempo, 2004.
BICALHO, Charles A. Koxuk: a imagem do yâmîy na poética maxakali. Belo Horizonte: UFMG. 229 p. Tese (doutorado) – Literatura Brasileira: literatura e expressão da alteridade Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte, 2010 (inédita).
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira (momentos decisivos). 2. Ed. São Paulo: Martins, 1964. v.2.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1965.
COUTINHO, Afrânio (dir.). A literatura no Brasil. 2. Ed. Rio de Janeiro: Sul-Americana, 1968-1971. 6.v.
COUTINHO, Afrânio (org.). Caminhos do pensamento crítico. Rio de Janeiro: Ed. Americana, 1974. Vol. I.
FREIRE, José R. B. Cinco ideias equivocadas sobre s índios (2002). Disponível no endereço: http://www.taquiprati.com.br/arquivos/pdf/Cinco_ideias_equivocadas_sobre_indios_palestraC ENESCH.pdf. Acesso em: 23 jul. 2011.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC ed., 1989.
GOLDEMBERG, Déborah. A concepção do I Sarau de Poéticas Indígenas por uma antropóloga escritora. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 42-60, jan./jun. 2009.
GOLDEMBERG, Déborah & CUNHA, Rubelise da. Literatura Indígena Contemporânea: o encontro das formas e dos conteúdos na poesia e prosa do I Sarau de Poéticas Indígenas. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 117-148, jan./jun. 2010.
MARINHO, Emmanuel. Caixa de poemas. 3. Ed. Dourados, MS: O autor, 2001.
MATOS, Cláudia Neiva. Textualidades indígenas no Brasil. In: FIGUEIREDO, Eurídice (org.). Conceitos de literatura e cultura. Juiz de Fora: UFJF, 2005.
RISÉRIO, Antônio. Textos e tribos – poéticas extraocidentais nos trópicos brasileiros. Rio de Janeiro: Imago, 1993. (Série Diversos).
ROMERO, Sílvio. História da Literatura Brasileira. 6. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1960. 5.v.
VERÍSSIMO, José. Estudos de literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia. 1977.
VERÍSSIMO, José. História da Literatura Brasileira. 5.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2011 Roselene Berbigeier Feil

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Boitatá esta licenciada com CC BY sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.