Seletividade de compostos orgânicos ao parasitoide de ovos Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Platygastridae)

Autores

  • Débora Mello da Silva Instituto Agronômico do Paraná
  • Adeney de Freitas Bueno Embrapa Soja
  • Karine Andrade Universidade Estadual de Londrina
  • Cristiane dos Santos Stecca Universidade Estadual de Londrina
  • Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves Universidade Estadual de Londrina
  • Flávio Moscardi Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n1p55

Palavras-chave:

Controle biológico, MIP, Toxicidade, Viabilidade.

Resumo

A seletividade de diferentes inseticidas, caldas fitoprotetoras e biofertilizantes utilizados na produção de soja orgânica foi avaliada sobre adultos e pupas do parasitoide de ovos Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Platygastridae) em condições de laboratório, de acordo com protocolos propostos pela Organização Internacional para o Controle Biológico (IOBC). Os produtos (dose/180 L de água) foram: 1) Baculovírus anticarsia 140x109 cpi; 2) Bacillus thuringiensis 16,8g; 3) Azadirachtin-A, azadirachtin-B, nimbina e salamina 9,6ppm; 4) Rotenoides 4% 4 litros; 5) Nitrogênio 1,3%, fósforo 3,0% e carbono orgânico total 8,0% 3 litros; 6) Silicato de Sódio 2% 4 litros; 7) Cobre 7% + Cálcio 3,3% 1,8 litros; 8) Enxofre 20% + cal virgem 10% 1,8 litros; 9) Clorpirifós 384g (controle positivo); 10) Água destilada (controle negativo). O resultado dos experimentos para a fase de pupa indicaram que os compostos orgânicos foram classificados como inócuos (classe 1), exceto para as misturas cobre 7% + cálcio 3,3% e enxofre 20% + cal virgem 10%, que foram classificados como levemente nocivos (classe 2). O teste de contato com os adultos mostrou que todos os produtos foram classificados como inócuos (classe 1). Somente clorpirifós foi classificado como nocivo (classe 4) para ambas as fases de desenvolvimento do parasitoide. Entretanto, a utilização deste produto (clorpirifós) não é permitida em cultivos orgânicos, e mesmo na agricultura convencional recomenda-se, quando viável, a substituição desse produto por outro compatível com a preservação de T. remus na natureza. Sendo assim, os produtos testados e utilizados na produção orgânica de soja foram considerados compatíveis com o parasitoide de ovos T. remus.

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Biografia do Autor

Débora Mello da Silva, Instituto Agronômico do Paraná

Bolsista Pós-Doutorado, CAPES-Fundação Araucária, Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, Londrina, PR, Brasil.

Adeney de Freitas Bueno, Embrapa Soja

Engº Agrº, Dr. em Entomologia, Pesquisador A da EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil.

Karine Andrade, Universidade Estadual de Londrina

Engº Agrº M.e em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Cristiane dos Santos Stecca, Universidade Estadual de Londrina

Engº Agrº, Drª em Agronomia, UEL, Londrina, PR.

Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves, Universidade Estadual de Londrina

Engº Agrº, Dr. em Entomologia, Bolsista PQ1/ CNPq, Prof. Adjunto, Deptº de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Flávio Moscardi, Universidade Estadual de Londrina

In memorian

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Publicado

2016-02-29

Como Citar

Silva, D. M. da, Bueno, A. de F., Andrade, K., Stecca, C. dos S., Neves, P. M. O. J., & Moscardi, F. (2016). Seletividade de compostos orgânicos ao parasitoide de ovos Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Platygastridae). Semina: Ciências Agrárias, 37(1), 55–66. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n1p55

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