Seletividade de chlorantraniliprole e lambda-cialotrina ao parasitoide de ovos Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n2p549Palavras-chave:
Controle biológico, Controle químico, Manejo integrado de pragas, Soja.Resumo
A soja apresenta um diversificado complexo de insetos-praga, que podem ocorrer no mesmo período de desenvolvimento da cultura. Assim, a utilização de parasitoides de ovos para o manejo de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) depende em parte da seletividade dos agrotóxicos utilizados para o controle de pragas que atacam a lavoura concomitantemente aos percevejos. A partir disso, avaliou-se a seletividade dos princípios ativos chlorantraniliprole e chlorantraniliprole + lambdacialotrina no desenvolvimento do parasitoide Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae). Os bioensaios foram realizados em laboratório sob condições controladas (temperatura 27 ± 2 ºC e UR 50 ± 10%) nas fases de pupa e adulto do parasitoide. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com dez tratamentos e cinco repetições compostas pelos inseticidas chlorantraniliprole e chlorantraniliprole + lambdacialotrina em diferentes doses, bem como um controle negativo com água. As aplicações foram feitas com a Torre de Potter e as avaliações realizadas após 24, 72 e 120 horas. A condução do experimento e classificação utilizada para determinar a nocividade dos produtos aos insetos foi de acordo com as normas da IOBC (International Organization for Biological and Integrated Control). Chlorantraniliprole em todas as doses foi menos nocivo ao parasitoide, principalmente sobre a fase adulta, onde as doses se enquadraram na classe 1 (inócuo). A mistura chlorantraniliprole + lambdacialotrina em sua maior dose foi enquadrada na classe 4 (nocivo) às 72 e 120 horas após a aplicação. Para a fase de pupa do parasitoide, não houve diferenças significativas, sendo os produtos enquadrados na classe 1 (inócuo), exceto para a maior dose de clorantraniliprole, pertencente à classe 2 (levemente nocivo) 24 horas após a aplicação. Assim, chlorantraniliprole pode ser considerado uma ferramenta no manejo de pragas da soja considerando a sua seletividade a T. podisi nas condições testadas, pois não apresenta interferência negativa no desenvolvimento do parasitoide, quando pulverizado sobre pupas e adultos. Entretanto, a mistura chlorantraniliprole + lambda-cialotrina deve ser utilizada com cautela, respeitando-se o momento de aplicação e as doses recomendadas, pois interfere negativamente no desenvolvimento do parasitoide, devendo ser substituída quando possível.Downloads
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