A seguridade social em pauta: a luta política dos/as idosos/as
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2012v17n2p92Palavras-chave:
Velhice, Proteção social, Direitos, GêneroResumo
Neste artigo proponho pensar os/as idosos/as na condição de atores políticos que, pela ação direta, movimentam-se e impõem-se como sujeitos capazes de intervir nos espaços públicos de decisão e modificar os padrões culturais vigentes relacionados à forma de viver dos que envelhecem.Busco ilustrar esta análise com a da criação do Fórum Permanente em Defesa do Idoso no estado da Bahia. Este apresenta-se como uma nova estratégia para ampliar a base de sustentação do movimento dos/as aposentados/as e pensionistas que, em várias manifestações nas ruas e praças públicas de Salvador, sempre pautam, em seus discursos, a defesa dos direitos de todos/as os/as idosos/as, bem como a defesa da Seguridade Social Pública, especificamente contra as reformas da Previdência, consideradas de cunho privatista.Downloads
Referências
AZEVEDO, Eulália Lima. Um palco de múltiplas vozes: a nova invenção dos/as idosos/as em luta pela cidadania. 2010. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.
BRASIL. Constituição (1988). Texto constitucional de 5 de outubro de 1988, contendo as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 30/2000 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/ 94. Brasília: Imprensa Nacional, Divisão de Editoração, 2000.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 10.741/2003, de 3 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm. Acesso em: 19 set. 2007.
BIRMAN, Joel. Futuro de todos nós: temporalidade, memória e terceira idade na psicanálise. In: VERAS, Renato (org.). Terceira idade: um envelhecimento digno para o cidadão do futuro. Rio de Janeiro: Relume-Dumará/UnATI/UERJ, 1995. p. 29-48.
BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 2003.
CABRAL, Benedita Edina da S. Lima. Recriar laços: estudo sobre idosos e grupos de convivência nas classes populares paraibanas. 2002. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.
CENTRAL DO CRÉDITO. Home page. Disponível em: www.centraldocredito.com. Acesso em: 9 mar. 2006.
DEBERT, Guita Grin. A reinvenção da velhice: socialização e processos de reprivatização do envelhecimento. São Paulo: Ed. Fapesp, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
HADAD, Eneida. A velhice de velhos trabalhadores: o cenário, o movimento e as políticas sociais. 1991. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991.
HAREVEN, Tamara K. Novas imagens do envelhecimento e a construção do curso da vida. In: DEBERT, Guita (org.). Gênero em gerações. Campinas: Cadernos Pagu, 1999. n. 13, p. 11-35.
MOTTA, Alda Britto da. Geração, a “diferença” do feminismo. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL – O DESAFIO DA DIFERENÇA. ARTICULANDO GÊNERO, RAÇA E CLASSE, 1., 2000, Salvador. Anais... Salvador: NEIM/UFBA, 2000.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Cidadania e justiça: a política social na ordem brasileira. Rio de Janeiro: Campus, 1979.
SIMÕES, Júlio Assis. Solidariedade intergeracional e reforma da Previdência. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 1997, p. 160-173.
SIMÕES, Júlio Assis. Entre o lobby e as ruas: movimento de aposentados e politização da aposentadoria. 2000a. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade de Campinas, Campinas, 2000.
SIMÕES, Júlio Assis.. A maior categoria do país:o aposentado como ator político. In: BARROS, Myriam M. Lins de (org.). Velhice ou terceira idade? estudos antropológicos sobre identidade, memória e política. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2000b. p. 13-34.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.