“Nadie quiere ir al hospital” – Gramáticas morales y redes de aborto entre mujeres en Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2024v29n1e49134Palabras clave:
aborto, redes sociales, Estado, políticas públicas, activismoResumen
Este texto tiene como objetivo comprender gramáticas morales a través de redes de aborto construidas por y entre mujeres en el contexto brasileño. Nuestro objetivo es analizar cómo la organización entre estos actores sociales se construye a través de las omisiones del Estado y las insuficiencias de las políticas públicas. Para ello, llevamos a cabo una investigación empírica en redes (online y offline), considerando el flujo de información en plataformas de redes sociales y sitios web, el análisis de folletos y materiales informativos y entrevistas con activistas que trabajan para ayudar a las mujeres que desean abortar. . Observamos que las redes lideradas por mujeres reconfiguran gramáticas morales en torno a la noción de víctima, además de resaltar una frontera porosa entre legalidad y clandestinidad, al ocupar vacíos en la provisión de abortos legales, la educación en salud reproductiva y seguridad jurídica, y la promoción de relaciones de género no vulnerables.
Citas
AHMED, Sara. Viver uma vida feminista. Tradução de Jamille Pinheiro Dias, Mariana Ruggieri e Sheyla Miranda. São Paulo: Ubu, 2022.
ÁLVAREZ, Sonia; FRIEDMAN, Elisabeth; BECKMAN, Ericka; BLACKWELL, Maylei; CHINCHILLA, Norma; LEBON, Nathalie; NAVARRO, Marisa; TOBAR, Marcela. Encontrando os feminismos latino-americanos e caribenhos. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 11, n. 2, p. 541-575, dez. 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2003000200013
ANUÁRIO brasileiro de segurança pública 2023. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ano 17, 2023.
BALIEIRO, Fernando. Não se meta com meus filhos: a construção do pânico moral da criança sob ameaça. Cadernos Pagu, Campinas, n. 53, p. 1-15, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8653414. Acesso em: 13 out. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201800530006
CARVALHO, Jess; VELLA, Letícia; ASSIS, Mariana Prandini. Boas práticas de cobertura feminista sobre aborto no Brasil. [S. l.]: Nem pressa nem morta; Catarinas, 2023. Disponível em: https://catarinas.info/wp-content/uploads/2023/04/Guia_Boas_praticas_de_cobertura_feminista_sobre_aborto_no_-Brasil.pdf. Acesso em: 13 out. 2023.
COLETIVO MARGARIDA ALVES. Guia de defesa popular da justiça reprodutiva. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://www.mulheres.org.br/wp-content/uploads/2020/02/guia-defesa-popular-justica-reprodutiva.pdf. Acesso em: 13 out. 2023.
COSTA, Marli Marlene da; SOARES, Etyane Goulart. Biopolítica e controle dos corpos femininos: um debate sobre maternidade compulsória e aborto: Revista Húmus, Porto Alegre, v. 12, n. 35, p. 369-386, 2022. DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n35.2022.17. DOI: https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n35.2022.17
DANTAS, Ana Carolina Lessa. Credibilidade pública, saberes localizados: disputa epistêmica sobre o dispositivo Essure no Distrito Federal. Mediações, vol. 28, n. 3, p. 1-15, 2023. DOI: https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n3e47895. DOI: https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n3e47895
DINIZ, Débora; MADEIRO, Alberto. Cytotec e aborto: a polícia, os vendedores e as mulheres. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 7, p. 1795-1804, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000700018
DINIZ, Débora; MEDEIROS, Marcelo; MADEIRO, Alberto. Pesquisa nacional de aborto Brasil, 2021. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 6, n. 28, p. 1601-1606, jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232023286.01892023 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232023286.01892023
FACIOLI, Lara Roberta Rodrigues. Mídias digitais e horizontes de aspiração: um estudo sobre a comunicação em rede entre mulheres das classes populares brasileiras. Tese (Pós-Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2017.
FASSIN, Didier. As economias morais revisitadas. In: RIFIOTIS, Theofilus; SEGATA, Jean (org.). Políticas etnográficas no campo da moral. Porto Alegre: UFRGS, 2019. p. 51-87.
FOUCAULT, Michel. A sociedade punitiva. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Tradução: Maria Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2007.
GARCIA, Pedritta M. Pais poderão proibir filhos em atividades de gênero nas escolas: projeto de lei semelhante já tramita na câmara dos deputados. Câmara Municipal de Curitiba, Curitiba, 23 set. 2023. Disponível em: https://www.curitiba.pr.leg.br/informacao/noticias/pais-poderao-proibir-participacao-de-filhos-em-atividades-de-genero-nas-escolas. Acesso em: 10 out. 2023.
IBGE. Outras formas de trabalho: 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101722. Acesso em: 13 out. 2023.
KUMPERA, Julia Aleksandra Martucci. O lesbianismo é um barato: o GALF e o ativismo
lésbico-feminista no Brasil (1979-1990). 2021. 221 f. Dissertação (Mestrado em História Cultural) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2021.
LARA, Walace; KOYAMA, Natália. Após 3 decisões da Justiça, Prefeitura de SP diz estar 'tomando providências' para voltar a realizar aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoeirinha. G1, São Paulo, 1 fev. 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/02/01/apos-3-decisoes-da-justica-prefeitura-de-sp-diz-estar-tomando-providencias-para-voltar-a-realizar-aborto-legal-no-hospital-vila-nova-cachoeirinha.ghtml. Acesso em: 03 fev. 2024.
LAZARUS, A. Psychiatric sequelae of legalized first trimester abortion. Journal of Psychosomatic Obstetrics & Gynaecology, London, v. 4, n. 3, p. 140-50, 1985. DOI: https://doi.org/10.3109/01674828509019579
LUNA, Naara; GOMES, Edlaine de Campos. O debate legislativo sobre aborto e diversidade sexual e as eleições de 2018: uma mirada antropológica sobre a onda conservadora. Dados, Rio de Janeiro, v. 67, n. 1, p. 1-54, 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/dados.2024.67.1.309
LUNA, Naara; PORTO, Rozeli. Aborto, valores religiosos e políticas públicas: a controvérsia sobre a interrupção voluntária da gravidez na audiência pública da ADPF 442 no Supremo Tribunal Federal. Religião & Sociedade, Rio de Janeiro, v. 43, p. 151-180, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/0100-85872023v43n1cap06
MACHADO, Lia Zanotta. O aborto como direito e o aborto como crime: o retrocesso neoconservador. Cadernos Pagu, Campinas, v. 50, p. 1-48, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201700500004
MACHADO, Maria das Dores. O discurso cristão sobre a “ideologia de gênero”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 26, n. 2, p. 1-18, jun. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2018v26n247463
MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria das mídias digitais. Petrópolis: Vozes, 2014.
MCCLINTOCK, Anne. Couro imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora da UNICAMP, 2010.
MESMO com a pandemia, Curitiba é a cidade com o maior PIB do Sul do país, diz IBGE. Prefeitura Municipal de Curitiba, Curitiba, 16 dez. 2022. Disponível em: https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/mesmo-com-a-pandemia-curitiba-e-a-cidade-com-o-maior-pib-do-sul-do-pais-diz-ibge/66691#:~:text=Apesar%20da%20pandemia%2C%20Curitiba%20manteve,Geografia%20e%20Estat%C3%ADstica%20(IBGE). Acesso em: 13 de out. 2023
NUNES, Rodrigo. Nem vertical nem horizontal: uma teoria da organização política. São Paulo: Ubu, 2023.
PAASONEN, Susanna. Surfing the waves of feminism: cyberfeminism and its others. Labrys, Estudos Feministas, [s. l.], n. 7, jan./jul. 2005. Disponível em: https://www.labrys.net.br/labrys7/sumarios/cyber.htm. Acesso: 27 set. 2023.
PEDROSO, Daniela. Aborto e saúde mental. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 64, n. 2, p. 38-39, 2012. DOI: https://doi.org/10.21800/S0009-67252012000200016
PIMENTEL, André de Pieri; PINHO, Isabela Vianna. A gestão dos ilegalismos enquanto mercado sobre o roubo e o furto de veículos em São Paulo, Brasil. Runa, Buenos Aires, v. 43, n. 2, p. 305-324, 2022. DOI: https://doi.org/10.34096/runa.v43i2.8505
PORTO, Rozeli; SOUSA, Cassia. Percorrendo caminhos da angústia: Cytotec e os itinerários abortivos em uma capital do Nordeste brasileiro. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 2, p. 593-616, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p593
RAMÍREZ, Martha Celia. A propriedade do corpo: o lugar da diferença nos discursos de homens e mulheres acerca do aborto voluntário. Cadernos Pagu, Campinas, n. 15, p. 297-335, 2000. Disponível em: <https://ieg.ufsc.br/storage/articles/October2020//Pagu/2000(15)/C_Ramirez.pdf>
SABSAY, Leticia. The political imaginary of sexual freedom: subjectivity and power in the new sexual democratic turn. London: Palgrave Macmillan, 2016. DOI: https://doi.org/10.1057/978-1-137-26387-2
SALLE, Grégory. De l’illégalisme à la gestion différentielle des illégalismes: retour sur un concept. Materiali Foucaultiani, Guyancourt, v. 3, n. 6, p. 307-322, 2014.
SARTI, Cynthia. A vítima como figura contemporânea. Caderno CRH, Salvador, v. 24, n. 61, p. 51-61, 2011. DOI 10.9771/ccrh.v24i61.19193. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-49792011000100004
SE HOMEM engravidasse, o aborto não seria discutido: Câmara dos Deputados. Belo Horizonte: TV Band Minas, 2023. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal TV BAND MINAS. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=F7okh7lGeoo. Acesso em: 13 out. 2023.
SEDGWICK. Eve Kosofsky. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Campinas, v. 28, p. 19-54, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332007000100003
SILVA, Vitória Régia. A maré verde da descriminalização do aborto na América Latina. Gênero e Número, Rio de Janeiro, fev. 2022. Disponível em: https://www.generonumero.media/reportagens/aborto-america-latina/. Acesso em: 8 out. 2023.
SIMMEL, George. O segredo. Revista Política & Trabalho, João Pessoa, v. 15, p. 221-226, 1999. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/6442. Acesso em: 13 out. 2023.
SIMÕES, Julian. Sobre gramáticas emocionais e violência sexual: notas a partir de dois casos de interrupção legal de gestação realizados por mulheres com deficiência intelectual, Anuário Antropológico, Brasília, DF, v. 44, n. 1, p. 117-113, 2019. DOI: https://doi.org/10.4000/aa.3496
SOCORRISTAS EN RED. ¿Cómo hacerse un aborto seguro con medicamentos?. Argentina: Socorristas en Red, 2022. Disponível em: https://socorristasenred.org/. Acesso em: 13 out. 2023.
SOCORRISTAS EN RED. Quiénes Somos. Socorristas en Red: Feministas y Transfeministas que Abortamos. Socorristas en Red, 2022. Disponível em: socorristasenred.org/quienes-somos/. Acesso em: 13 out. 2023.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?. Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
SUTTON, Barbara. Zonas de clandestinidad y “nuda vida:” mujeres, cuerpo y aborto. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 2, p. 889-902, maio/ago. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p889
TELLES, Vera da Silva. A cidade nas fronteiras do legal e do ilegal. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2010.
TOLEDO, Roselaine; LORETO, Maria das Dores Saraiva. Reflexos das representações sociais de gênero no funcionamento da guarda compartilhada. Gênero & Direito, Paraíba, v. 9, n. 4, p. 146-177, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/52149. Acesso em: 8 out. 2023.
VERDE-Esperanza: aborto legal na América latina. Direção: Maria Lutterbach. Produção: Aline Gatto Boueri; Maria Lutterbach; Vitória Régia da Silva. Roteiro: Giulliana Bianconi. [S. l.]: Filmes da Fonte, 2023. (42 min). Disponível em: https://tamandua.tv.br/filme/default.aspx?name=verde_esperanza. Acesso em: 13 out. 2023.
WAJCMAN, Judy. Feminist theories of technology. Cambridge Journal of Economics, Oxford, v. 34, n. 1, p. 143-152, 2010. DOI 10.1093/cje/ben057 DOI: https://doi.org/10.1093/cje/ben057
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Lara Rodrigues Facioli, Ana Júlia da Costa, Rafaela Zimkovicz
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en Mediations son del autor; En caso de republicación parcial o total de la primera publicación, se solicita a los autores que indiquen la publicación original en la revista.
Mediações utiliza la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International, que proporciona acceso abierto, permitiendo a cualquier usuario leer, descargar, copiar y difundir su contenido, siempre que esté debidamente referenciado.
Las opiniones emitidas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.
Datos de los fondos
-
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Números de la subvención Processo nº 00579753964/IMPACTOS1987054P