Corrupção e desigualdade na perspectiva de intérpretes neorrepublicanos de Maquiavel
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2019v24n2p131Palavras-chave:
Virtù, Liberdade, Corrupção, DoençaResumo
Este artigo busca discutir o conceito de corrupção presente no Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (Discorsi) de Maquiavel. A problemática que nos norteia é: existe alguma “doença” nociva ao ciclo de vida de um corpo político republicano? A hipótese com a qual trabalhamos coloca a corrupção política como a principal enfermidade de uma república, cujos danos tornam-se irreparáveis quando seus cidadãos perdem seus costumes cívicos. Descreveremos o conceito de corrupção com o qual Maquiavel trabalha; analisaremos sua gênese e algumas de suas repercussões cívicas e institucionais à república romana; mapearemos a noção de corrupção e desigualdade desenvolvida pelos intérpretes, dentre eles: Pocock (2008), Skinner (1996), Bignotto (1991), Ménissier (2013), Sparling (2014) e Maher (2017). A presente discussão terá como foco a leitura dos capítulos 16, 17, 18 e 55 do livro I do Discorsi. Veremos que o adoecimento cívico e institucional daquele corpo político degenerou sua virtù, o que trouxe sérios obstáculos ao exercício da liberdade.Downloads
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