Autoras indígenas e as escrituras do corpo da terra
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e49735Palabras clave:
Apropriação linguística, Produção artística dos povos originários, Denízia CruzResumen
O presente artigo propõe uma reflexão de como o campo das poéticas orais, seja em seu debate teórico e epistemológico quanto em suas formas de expressão e produção sociocultural, contribui para uma reflexão acerca da construção identitária e cultural dos povos originários do Brasil, particularmente nos modos que ampliam os meios e materialidades inscritas nas formas de acessar, experienciar, produzir e circular as experiências do mundo sensível. Neste sentido, tomamos como mote a forçada apropriação da língua portuguesa nas expressões orais e escritas impostas aos povos nativos do território brasileiro e sua conversão instrumento de reivindicação dos seus direitos incorporada nas vozes ancestrais para pensar as fabulações produzidas pelos povos originários por meio da imagem conceito da escrita impressa transformada novas “armas” combativas. Para isso, valemo-nos brevemente da produção poética de Denízia Kawany Fulkaxó, ou Denízia Cruz, como assina em seus livros, com vistas a assinalar uma entre tantas possibilidades de reflexão crítica acerca das maneiras pelas quais os escritos dos povos originários estabelecem o diálogo com os não indígenas, provocando aproximações e transformações criativas tanto na língua quanto na cultura apropriada.
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