‘’Coletivo Luísa Mahin - Sarau das pretas": o PROMIC e a performance como mobilizador identitário e formativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e41315

Palavras-chave:

Sarau. Políticas públicas. Literatura afro-brasileira.

Resumo

Utilizando como foco o projeto londrinense “Coletivo Luísa Mahin - Sarau das Pretas’’, este artigo pretende expor como o PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) viabiliza performances em torno da literatura, da formação e de questões identitárias. Dito isso, utilizaremos como viés de análise os textos de Zumthor (2007) e Câmara (2017)  (para compreender o papel da voz e da performance) e a teoria dos polissistemas de Even-Zohar (2013), em que discute sobre os polissistemas literários e suas periferias. Também serão utilizadas transcrições de entrevistas com duas produtoras culturais encarregadas do projeto. Levando em conta o artigo de Mariano (2019), em que pressupõe-se uma intersecção entre os polissistemas periféricos de Even-Zohar e a literatura afro-brasileira,  foi possível concluir que o PROMIC mobilizou ações múltiplas (em espaços privilegiados ou não, utilizando como base o texto escrito ou saberes orais) que contribuem para maior ênfase à mulher negra e de narrativas afro-brasileiras silenciadas por uma questão racial e periférica, contribuindo, então, para a oxigenação do cânone.

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Biografia do Autor

Amanda Maria Damasio Teixeira, Universidade Estadual de Londrina

Mestranda na UEL

Ana Cristina Pereira da Silva, Universidade Estadual de Londrina

Mestranda na UEL

Referências

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Publicado

2020-12-20

Como Citar

Damasio Teixeira, A. M., & Pereira da Silva, A. C. (2020). ‘’Coletivo Luísa Mahin - Sarau das pretas": o PROMIC e a performance como mobilizador identitário e formativo. Boitatá, 15(30), 134–144. https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e41315