Exigências energéticas e proteicas de bovinos mestiços em confinamento

Resumo

Com o objetivo de predizer as exigências energéticas e proteicas de bovinos mestiços leiteiros em confinamento, este trabalho foi conduzido na Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram utilizados 30 machos não castrados, com peso corporal inicial de 339,1 ± 35,4 kg. Cinco animais foram abatidos após período de adaptação, compondo o grupo referência, e o restante foi abatido após 112 dias. Os remanescentes foram distribuídos aleatoriamente em cinco tratamentos: 0, 17, 34, 51 e 68% de concentrado na ração, em delineamento inteiramente casualizado. Os bovinos que não receberam concentrado tiveram seu consumo restrito para 1,5% do seu peso corporal, compondo o grupo de animais alimentados ao nível de mantença. A composição corporal e o peso de corpo vazio (PCVZ) foram obtidos pela técnica do abate comparativo e dissecação completa da meia carcaça. Para bovinos mestiços leiteiros, não castrados, confinados, as exigências líquida e metabolizável de energia para mantença foram de 86,49 e 138 kcal PCVZ-0,75 dia- 1, respectivamente, enquanto que as eficiências de utilização da energia metabolizável (EUEM) para mantença e ganho foram de 62,67 e 31,67%, respectivamente. Já as exigências líquidas de energia (ELg) e proteina (PLg) para ganho, podem ser estimadas a partir das seguintes equações: ELg = 0,0392*PCVZ0,75*GPCVZ1,0529e PLg = 242,34 × GPCVZ - 23,09 × ER, respectivamente. A eficiência do uso da proteína metabolizável para ganho foi de 25,8% enquanto que as exigências de proteína para mantença foram 2,96 g PCVZ-0,75 dia-1. A proteína degradável no rúmen pode suprir 62,44% das exigências em proteína bruta de bovinos mestiços leiteiros, machos não castrados, em confinamento, com peso corporal de 450 kg e ganho de 1 kg dia-1.