Provincializando la Sociedad del Riesgo y el Antropoceno: Un análisis Desde la "Geopolítica de la Nuclearidad"

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2024v29n2e50038

Palabras clave:

sociedad de riesgo, nuclearidad, minería de uranio

Resumen

El objetivo de este trabajo es cuestionar el carácter genérico de algunas concepciones en torno a la “sociedad del riesgo”. Para ello, presentamos datos de una encuesta basada en entrevistas semiestructuradas sobre la minería de uranio en Caetité (BA). Sostenemos que el universalismo presente en las teorías sobre los riesgos ambientales se debe a un sesgo eurocéntrico que ignora las situaciones de injusticia ambiental y la especificidad de los contextos periféricos. Basamos nuestra posición en lo que llamamos “geopolítica de la nuclearidad”, un proceso mediante el cual se eliminan los riesgos de las actividades nucleares y, en consecuencia, se ignoran las vulnerabilidades de las poblaciones marginadas. Concluimos, entonces, que son necesarias perspectivas sensibles a la distribución desigual de los riesgos entre centros y periferias, para provincializar las teorías sobre los riesgos ambientales.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Bruno Lucas Saliba de Paula, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (2023). Docente junto à Universidade do Estado de Minas Gerais.

Citas

ACSELRAD, Henri. Disputas cognitivas e exercício da capacidade crítica: o caso dos conflitos ambientais no Brasil. Sociologias, Porto Alegre, v. 16, n. 35, p. 84-105, abr. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-45222014000100004.

BECK, Ulrich. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Editora da UNESP, 1997. p. 11-72.

BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

BORGES, André. Governo baiano admite maior incidência de câncer em região contaminada por urânio. Estadão, Brasília, DF, 29 set. 2015a. Disponível em: https://www.estadao.com.br/brasil/governo-baiano-admite-maior-incidencia-de-cancer-em-regiao-contaminada-por-uranio/#:~:text=BRAS%C3%8DLIA%20%2D%20A%20decis%C3%A3o%20do%20governo,Secretaria%20de%20Sa%C3%BAde%20da%20Bahia. Acesso em: 22 maio 2024.

BORGES, André. Urânio contamina água na Bahia. Estadão, Brasília, DF, 22 ago. 2015b. Disponível em: https://www.estadao.com.br/brasil/uranio-contamina-agua-na-bahia/. Acesso em: 22 maio 2024.

BOSCO, Estevão; FERREIRA, Leila. Sociedade mundial de risco: teoria, críticas e desafios. Sociologias, Porto Alegre, v. 18, n. 42, p. 232-264, ago. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/15174522-018004211.

BRITO, José. Agrotóxicos proibidos na Europa são campeões de vendas no Brasil. Repórter Brasil, São Paulo, 10 dez. 2018. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2018/12/agrotoxicos-proibidos-europa-sao-campeoes-de-vendas-no-brasil/. Acesso em: 22 maio 2024.

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

CORRÊA, Alessandra. Produção de urânio contamina água na Bahia, diz Greenpeace. BBC Brasil, São Paulo, 16 out. 2008. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/10/printable/081016_greenpeacedenuncia_ac. Acesso em: 22 maio 2024.

COSTA, Sérgio. Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva. Tempo Social, São Paulo, v. 16, n. 2, p. 73-100, nov. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20702004000200004

DAGNINO, Renato Peixoto. Neutralidade da ciência e determinismo tecnológico: um debate sobre a tecnociência. Campinas: Editora da Unicamp, 2008.

DALBY, Simon. Anthropocene formations: environmental security, geopolitics and disaster. Theory, Culture & Society, Thousand Oaks, v. 34, n. 2/3, p. 233-252, 2017. DOI: https://doi.org/10.1177/0263276415598629.

DELANTY, Gerard; MOTA, Aurea. Governing the Anthropocene: agency, governance, knowledge. European Journal of Social Theory, Thousand Oaks, v. 20, n. 1, p. 9-38, 2017. DOI: https://doi.org/10.1177/1368431016668535.

FORTUN, Kim; CHOI, Vivian Y.; JOBIN, Paulo. Researching disaster from an STS perspective. In: FELT, Ulrike; FOUCHÉ, Rayvon; MILLER, Clark A.; SMITH-DOERR, Laurel (org.). Handbook of science and technology studies. 4. ed. Cambridge; London: The MIT Press, 2017. p. 1003-1028.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: curso dado no Collège de France (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008.

GUIVANT, Julia S. A trajetória das análises de risco: da periferia ao centro da teoria social. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, São Paulo, n. 46, p. 3-38, 1998. Disponível em: https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/about. Acesso em: 22 maio 2024.

HECHT, Gabrielle. An elemental force: uranium production in Africa, and what it means to be nuclear. Bulletin of the Atomic Scientists, Thousand Oaks, v. 68, n. 2, p. 22-33, 2012a. DOI: https://doi.org/10.1177/0096340212440352

HECHT, Gabrielle. Being nuclear: Africans and the global uranium trade. Cambridge; London: The MIT Press, 2012b.

HECHT, Gabrielle. How extraction fuels the Anthropocenes: a conversation with Gabrielle Hecht. [Entrevista cedida a] Stepha Velednitsky. Edge Effects, Madison City, 26 fev. 2019. Disponível em: https://edgeeffects.net/gabrielle-hecht-african-anthropocene/. Acesso em: 22 maio 2024.

HECHT, Gabrielle. The African Anthropocene. Aeon, London, 6 fev. 2018. Disponível em: https://aeon.co/essays/if-we-talk-about-hurting-our-planet-who-exactly-is-the-we. Acesso em: 22 maio 2024.

HSU, Hsuan. Representing environmental risk in the landscapes of US militarization: nuclear colonialism. The Environment & Society Portal, Munich, n. 1, 2014. DOI: doi.org/10.5282/rcc/6058.

INB – INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL. Radiação e o nosso dia a dia. Rio de Janeiro: INB, [s.d.].

IRWIN, Alan. Ciência cidadã: um estudo das pessoas, especialização e desenvolvimento sustentável. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.

KUCHINSKAYA, Olga. Twice invisible: formal representations of radiation danger. Social Studies of Science, Thousand Oaks, v. 43, n. 1, p. 78-96, 2012. DOI: https://doi.org/10.1177/03063127124653.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 2009.

LISBOA, Marijane; ZAGALLO, José; MELLO, Cecília. Relatório da Missão Caetité: violação de direitos humanos no ciclo nuclear. Curitiba: Plataforma DHESCA, 2011.

MARX, Leo; SMITH, Merritt. Introduction. In: MARX, Leo; SMITH, Merritt (orgs.). Does technology drive history?: the dilemma of technological determinism. Cambridge: The MIT Press, 1994. p. ix-xv.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. In: MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Tradução de Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2017. p. 107-152.

NIXON, Rob. Slow violence and the environmentalism of the poor. Cambridge; London: Harvard University Press, 2011.

OTTINGER, Gwen; BARANDIARÁN, Javiera; KIMURA, Aya. Environmental justice: knowledge, technology and expertise. In: FELT, Ulrike; FOUCHÉ, Rayvon; MILLER, Clark A.; SMITH-DOERR, Laurel (org.). Handbook of science and technology studies. Cambridge; London: The MIT Press, 2017. p. 1029-1058.

PAULA, Bruno Lucas Saliba de. A mineração de urânio em questão: análise da comunicação pública das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Caetité, Bahia. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 329-341, abr./jun. 2020.

PELBART, Peter Pál. Vida capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2011.

PELBART, Peter Pál. Vida e morte em contexto de dominação biopolítica. In: SAWAIA, Bader (coord.). O fundamentalismo contemporâneo em questão. São Paulo: IEA/USP, 2008. Disponível em: http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/pelbartdominacaobiopolitica.pdf. Acesso em: 22 maio 2024.

PORTO, Marcelo Firpo de Souza. Uma ecologia política dos riscos: princípios para integrarmos o local e o global na promoção da saúde e da justiça ambiental. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz, 2007.

SILVA, Renan Finamore Gomes da. Riscos, saúde e alternativas de produção de conhecimentos para a justiça ambiental: o caso da mineração de urânio em Caetité, BA. 2015. 208 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://neepes.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/tese_renan.pdf. Acesso em: 22 maio 2024.

SMITH, Merritt. Technological determinism in American culture. In: MARX, Leo; SMITH, Merritt (org.). Does technology drive history?. The dilemma of technological determinism. Cambridge: The MIT Press, 1994. p. 1-35.

URETA, Sebastián. Ruination science: producing knowledge from a toxic world. Science, Technology, & Human Values, Thousand Oaks, v. 46, n. 1, 29-52, 2020. DOI: https://doi.org/10.1177/0162243919900957.

VIEIRA, Suzane de Alencar. Resistência e pirraça na Malhada: cosmopolíticas quilombolas no alto sertão de Caetité. 2015. 425 p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/72/teses/827797.pdf. Acesso em: 22 maio 2024.

Publicado

2024-08-16

Cómo citar

PAULA, Bruno Lucas Saliba de. Provincializando la Sociedad del Riesgo y el Antropoceno: Un análisis Desde la "Geopolítica de la Nuclearidad". Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 29, n. 2, p. 1–18, 2024. DOI: 10.5433/2176-6665.2024v29n2e50038. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/50038. Acesso em: 31 ago. 2024.

Número

Sección

Dossier

Datos de los fondos

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.