The “kanhgág law”: Moiety system and other amerindians classifications

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2020v25n2p504

Keywords:

Kanhgág, Moiety system, Social organization, Indian ethnology

Abstract

On a daily basis, the kanhgág use classifications in order to situate their relationships. Some terms refer to the Moiety System (Kamé e Kanhru), such as regre e o jamré, and others reach the way of behavior: the pure indian and the indian. Between these two positions, which seem to be diametrical, surge, respectively, the terms kanhkó e misturado. These terms break the opposition and configure the group of relatives as unities, which distinguish the other indian groups from white people. This paper aims to present and explore the particularities of these denominations and problematize these elements in the framework of amerídio dualism. According to the ethnographic research conducted in the indian land Nonoai and in the villages Por Fi Ga and Fosá, it was possible to conclude the elements used for the distinctions make the same conjunct active in the moiety system and, in the same way, it embraces the diametrality, the concernism and the triadism.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Diego Fernandes Dias Severo, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

PhD in Anthropology from the Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Professor of Sociology at the Intituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha.

References

ALMEIDA, Ledson Kurtz de. Análise antropológica das igrejas cristãs entre os Kaingang baseada na etnografia, na cosmologia e dualismo. 2004. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

AQUINO, Alexandre Magno de. Ën ga uy gën tóg (“Nós conquistamos a nossa terra”): os kaingang no litoral do Rio Grande do Sul. 2008. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

BECKER, Ítala Irene Basile. O índio Kaingáng no Rio Grande do Sul. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 1995.

BORBA, Telêmaco. Actualidade indígena. Curitiba: Impressora Paranaense, 1908.

CIMBALUK, Lucas. A criação da aldeia Água Branca na terra indígena Kaingang Apucaraninha: “política interna”, moralidade e cultura. 2013. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

CRÉPEAU, Robert R. A prática do xamanismo entre os Kaingang do Brasil meridional: uma breve comparação com o xamanismo Bororo. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 8, n. 18, p. 113-129, dez. 2002.

CRÉPEAU, Robert R.; ROSA, Rogério Reus Gonçalves da. Actualité et transformations de la Fête des morts chez les Kaingang du Brésil méridional. Reveu Frontières, Montréal, v. 29, n. 2, p. 16-25, 2018.

DAMATTA, Roberto. Um mundo dividido: a estrutura social dos índios apinayé. Petrópolis: Vozes, 1976.

FERNANDES, Ricardo Cid. Política e parentesco entre os Kaingang: uma análise etnológica. 2003. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

GARCIA, Geórgia de Macedo. O caminho se faz ao andar: aprendizagem e educação junto a mulheres indígenas Kaingang. 2019. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019.

GIBRAM, Paola Andrade. Penhkár: política, parentesco e outras histórias Kaingang. Curitiba: Appris, 2016.

GIBRAM, Paola Andrade. Propostas cosmopolíticas e resistência indígena: um convite às festas Kaingang. Cadernos de Campo, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 132-149, 2017.

GÓES, Paulo Roberto Homem de. Morfológicas: um estudo etnológico de padrões socioterritoriais entre os Kaingang (dialeto Paraná) e os Mbyá (Litoral Sul). 2018. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2018.

GORDON, Cesar. Economia selvagem: ritual e mercadoria entre os índios Xikrin-Mebêngôkre. São Paulo: Editora Unesp: ISA; Rio de Janeiro: NUTI, 2006.

LEA, Vanessa Rosemary. Riquezas intangíveis de pessoas partíveis: os Mẽbêngôkre (Kayapó) do Brasil Central. São Paulo: Edusp, 2012.

LÉVI-STRAUSS, Claude. As organizações dualistas existem? In: LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. São Paulo: Ubu Editora, 2017.

LÉVI-STRAUSS. Claude. A organização dualista. In: LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 2009.

MABILDE, Pierre François Alphonse Booth. Apontamentos sobre os indígenas selvagens da Nação Coroados dos matos da Província do Rio Grande do Sul. São Paulo: IBRASA, 1983.

MAYBURY-LEWIS, David. A sociedade Xavante. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1984.

MELATTI, Julio Cezar. O sistema social Craô. 1970. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1970.

NIMUENDAJÚ, Curt. Etnografia e indigenismo: sobre os Kaingang, os Ofaié-xavante e os índios do Pará. Campinas: Editora da Unicamp, 1993.

OSOWSKI, Raquel. O marco temporal para demarcação de terras indígenas, memória e esquecimento. Mediações, Londrina, v. 22, n. 2, p. 320-346, 2017.

ROSA, Rogério Reus Gonçalves da. “Os kujá são diferentes”: um estudo etnológico do complexo xamânico dos Kaingang da terra indígena Votouro. 2005. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

SEVERO, Diego Fernandes Dias. Xamanismo e mitologia Kaingang: elementos sobre a crença evangélica no pensamento ameríndio. Equatorial: Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Natal, v. 5, n. 8, p. 141-164, jan./jun. 2018.

SILVA, Sergio Baptista da. Etnoarqueologia dos grafismos Kaingang: um modelo para a compreensão das sociedades Proto-Jê meridionais. 2001. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

SIMONIAN, Lígia Terezinha Lopes. Terra de posseiros: um estudo das políticas sobre terras indígenas. 1981. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1981.

SOUZA, Marcela Coelho de. O traço e o círculo: o conceito de parentesco entre os Jê e seus antropólogos. 2002. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.

TURNER, Terence. Os Mebengokre Kayapó: história e mudança social, de comunidades autônomas para a coexistência interétnica. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 311-338, 1992.

VEIGA, Juracilda. As religiões cristãs entre os Kaingang: mudança e permanência. In: WRIGHT, Robin M. (org.). Transformando os deuses. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.

VEIGA, Juracilda. Cosmologia e práticas rituais Kaingang. 2000. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

VEIGA, Juracilda. Organização social e cosmovisão Kaingang: uma introdução ao parentesco, casamento e nominação em uma sociedade Jê Meridional. 1994. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1994.

Published

2020-08-25

How to Cite

SEVERO, Diego Fernandes Dias. The “kanhgág law”: Moiety system and other amerindians classifications. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 25, n. 2, p. 504–522, 2020. DOI: 10.5433/2176-6665.2020v25n2p504. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/39295. Acesso em: 2 oct. 2024.

Issue

Section

Articles