A prática da oralidade em sala de aula: a perspectiva dos professores de língua portuguesa da rede básica de ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2018v18n1p285

Palavras-chave:

Oralidade, Prática Discursiva, Ensino

Resumo

O presente trabalho tem como recorte temático o domínio discursivo da prática da oralidade. Dentre as práticas previstas para o ensino de língua portuguesa nas DCE (2008) é comum que os professores de língua portuguesa considerem a oralidade como mais informal e mais passível de erros do que a prática da escrita. Neste trabalho, fundamentado em Dolz e Schneuwly (2011) e Marcuschi (1997; 2010), a proposta é refletir sobre a importância da oralidade, enquanto prática discursiva, e, sobretudo, sobre seu ensino nas aulas de língua portuguesa. A concepção e o modo como a prática da oralidade é considerada em sala de aula foram analisados por meio de questionários aplicados a professores de Língua Portuguesa da rede básica de ensino. Este corpus de análise mostrou que o ensino-aprendizagem da oralidade enquanto prática discursiva é tardio e pouco realizado. Os professores demonstraram uma concepção superficial de oralidade e um trabalho que não privilegia a prática de produção oral, já que os gêneros escritos são indicados como os mais trabalhados em sala de aula.

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Biografia do Autor

Érica Danielle Silva, Universidade Estadual de Maringá

Professora colaboradora no Departamento de Língua Portuguesa, na Universidade Estadual de Maringá.

 

Neluana Leuz de Oliveira Ferragini, Universidade Estadual do Paraná, campus de Apucarana.

Professora Adjunta na Universidade Estadual do Paraná, campus de Apucarana.

Greyce Nathany Lopes Vieira, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Graduada em Letras pela  Universidade Estadual de Londrina (UEL). 

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Publicado

11-03-2019

Como Citar

SILVA, Érica D.; FERRAGINI, N. L. de O.; VIEIRA, G. N. L. A prática da oralidade em sala de aula: a perspectiva dos professores de língua portuguesa da rede básica de ensino. Entretextos, Londrina, v. 18, n. 1, p. 285–311, 2019. DOI: 10.5433/1519-5392.2018v18n1p285. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/34816. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos