A escrevivência de Conceição Evaristo e a literatura como resistência: diálogos insurgentes em Olhos d’água

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2024v24n3p80-96

Palavras-chave:

Racismo Estrutural, Conceição Evaristo, teor testemunhal

Resumo

O século XX foi farto de conflitos que engendraram as discussões da teoria do testemunho, vindo a se materializar por meio de faces da literatura que versam sobre as agruras de diferentes segmentos da sociedade e sendo fortemente comprometida com a verdade dos fatos históricos. Mediante o exposto, o objetivo principal deste artigo é examinar o livro de contos Olhos D’água, de Conceição Evaristo (2018), obra de ficção, mas com descrições pujantes da vida da população afrodescendente brasileira e o seu processo de aniquilação frente a um Estado arbitrário. Quanto ao escopo teórico, ancora–se na noção de teor testemunhal de Seligmann-Silva e, sobretudo, no diálogo com o racismo estrutural brasileiro, via textos de Ribeiro e de Almeida. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, e como resultado constatou-se que a obra produz uma discussão sobre o racismo e a condição da mulher negra face à opressão da sociedade.

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Biografia do Autor

César Alessandro Sagrillo Figueiredo, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Prof. Adjunto IV em Ciência Política no Curso de Licenciatura em Ciências Sociais da Universidade Federal do Norte Tocantins. Possui doutorado em Ciência Política pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2013. 

Maria Leal Pinto, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Doutoranda em Letras: Linguística e Literatura pela Universidade Federal do Norte do Tocantins e Mestre em Estudos de Cultura e Território pela Universidade Federal do Tocantins. Professora Efetiva da Rede Estadual de Ensino do Tocantins (2011 até a presente data). 

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Publicado

31-12-2024

Como Citar

FIGUEIREDO, César Alessandro Sagrillo; PINTO, Maria Leal. A escrevivência de Conceição Evaristo e a literatura como resistência: diálogos insurgentes em Olhos d’água. Entretextos, Londrina, v. 24, n. 3, p. 80–96, 2024. DOI: 10.5433/1519-5392.2024v24n3p80-96. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/50459. Acesso em: 22 mar. 2025.

Edição

Seção

Artigos