v. 14 n. 26 (2020)
As formas de se comunicar uma informação ou disseminar o conhecimento sofrem transformações constantemente, e cada atualização exige, tanto do informante como do espectador, o ajustamento conforme suas necessidades e disponibilidades, que se adaptarão melhor à mensagem que deve ser lançada e ao modo como ela vai ser apreendida.
Estas transformações também modificam o relacionamento do usuário com as diversas formas de mídia, que se revelam como um mecanismo para a manutenção da memória e da experiência coletiva.
Uma vez que uma informação é divulgada, ela passa a agir quase que por conta própria, circulando e encontrando cada vez mais espectadores e inclusive criando circunstâncias que irão modificá-las e até mesmo desenvolver novas formas de representação. A disseminação da informação não tem fim.
Desta forma, a capa para o dossiê “Imagens midiáticas e/ou midiatizadas: temporalidades e historicidades” trata de uma representação de como a imagem e a informação são divulgadas. A imagem que representa a essência do dossiê faz referência ao chiado das antigas televisões, que, além de equipamento de entretenimento, é também, e podemos dizer até os dias de hoje, um instrumento de compartilhamento de conhecimento e cultura. As linhas diagonais que atravessam este chiado mostram como a informação se dispersa para diversos lados, e deste modo atinge diversos públicos em sua transmissão.
Assim, a difusão do conhecimento se adaptou, e, com o passar dos anos, conseguiu encontrar ainda mais alternativas para sua divulgação.
Marina dos Santos Galli