A simbolização do imaginário amazônico nas narrativas orais e nas rezas dos curandeiros do Vale do Juruá
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2012v7.e31535Palabras clave:
Contos orais, Rezas orais, Imaginário simbólico, Curandeirismo, Vale do JuruáResumen
A formação histórica do Vale do Juruá e seu povoamento nascem do processo exploratório da floresta, com presença incontável dos nordestinos. Desta forma, o estudo ora apresentado torna-se relevante porque refere parte de nossa cultura presente apenas na memória dos nossos idosos. Rezas e contos orais são manifestações culturais que atravessam o tempo por meio da oralidade. Nosso objetivo aqui é compreender, através da interpretação, os caminhos que a construção simbólica percorre para representar as modalidades de organização social, religião, ética e valores morais presentes nas narrativas orais e nas rezas do Vale do Juruá. O presente texto pretende fazer uma análise da literatura oral e das rezas dos curandeiros, enquanto manifestações populares e expressão de uma substancial parte da cultura nordestina, e de sua influencia sobre a cultura amazônica dentro de uma redefinição mais ampla da arte e da cultura, numa busca para perceber, através da análise da estrutura e do conteúdo das rezas e narrativas orais, a permanência ou a mudança de valores da cultura do migrante em contato com as culturas locais e as possíveis influências destas sobre a formação cultural dos municípios do Vale do Juruá, a partir do imaginário simbólico.
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