O Cantar de Roldão: pelas veredas de uma tradição epigenética
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2019v14.e39369Palavras-chave:
O Cantar de Roldão, Tradução, Tradição CarolíngiaResumo
O presente artigo tem por finalidade colocar em tela de juízo a tradução da Chanson de Roland, denominada O Cantar de Roldão, realizada por Autor como Tese de doutoramento pela Universidade XXXXXXX, defendida no ano de XXXXX. Para isso, estabelece uma reflexão acerca da tradição literária iniciada com a Chanson de Roland já no final do século XI, em sua forma prototípica, originada de uma tradição oral que cantava a dinastia carolíngia, em contraste com a evolução e a transcendência que essa tradição encontra na América Latina e no Brasil. Nesse sentido, apresenta primeiro a origem dessa tradição; em seguida, as configurações dela no Brasil; e conclui com a apresentação da proposta de tradução como uma síntese entre o arquétipo e o típico nacional, por abertura e conservadorismo. Finalmente, o trabalho apresenta o cotejo da primeira série do cantar entre as mais tradicionais edições europeias, uma reconhecida tradução em espanhol e uma retradução brasileira, seguidas da proposta tradutológica em tela, a fim de que o leitor avalie, nos termos da abertura e do conservadorismo, o resultado poético do trabalho.
Downloads
Referências
Anônimo. (1882). Liber de miraculis S. Jacobi. In: Le codex de Saint-Jacques de Compostelle. Livro IV (Ed. científico: Fita, F.; Vinson, J. Paris: Bibliothèque nationale de France). Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k1025581/f24.item
Eginhardus. (825-826). Vita Karoli Magni. In: Monumenta Germaniae Historica, Hannover: Scriptorivm, 1911, disponível em:
http://www.hs- augsburg.de/~harsch/Chronologia/Lspost09/Einhardus/ein_ka00.html
Anônimo. (1985). La chanson de Roland. (G. Moignet, Ed., & G. Moignet, Trad.) Paris: Bordas.
Anônimo. (1829). La chanson de Roland. (Ed. L. Gautier) Tours: Alfred Mame. et fils.
Anônimo. (1988). A canção de Rolando. (L. Vassallo, Trad.) Rio de
Janeiro: Francisco Alves.
Anônimo. (2003). Chanson de Roland, Cantar de Roldán y el Roncesvalles navarro. (M.d. Riquer, Ed., & M. d. Riquer, Trad.) Barcelona: Acantilado.
Bédier, J. (1927). La Chanson de Roland commentée par Joseph Bédier. Paris: L'édition D'art.
Aebischer, P. (1965). Roland. Mythe ou personnage historique? In: Revue belge de philologie et d'histoire, tomo 43, fascículo 3, pp. 849-901.
Aebischer, P. (1973). Oliveriana et Rolandiana. In: Revue belge de philologie et d'histoire, tomo 51, fascículo 3, pp. 517-533.
Anônimo. (1998). Antología de la épica y el romancero. (M. d. Gutiérrez, Ed., & M. d. Gutiérrez, Trad.) Barcelona: Grupo Hermes Editora General.
Barros, L. G. (2012). A batalha de Oliveiros com Ferrabrás. Cordel. São Paulo: Editora Luzeiro.
Barros, L. G. (2012a). A prisão de Oliveiros e seus companheiros. Cordel. São Paulo: Editora Luzeiro.
Bédier, J. (1912). De l'autorité du manuscrit d'Oxford pour l'établissement du text de la Chanson de Roland. In: Romania, 41, pp. 331-3345.
Bédier, J. (1937). De l´édition princeps de la Chanson de Roland aux éditions les plus récentes. Nouvelles remarques sur l'art d'établir les anciens textes (primeiro artigo). In: Romania, 63, pp. 433-469.
Bédier, J. (1938). De l'édition princeps de la Chanson de Roland aux éditions les plus récentes. Nouvelles remarques sur l'art d'établir les anciens textes (segundo artigo). In: Romania, 64, pp. 145-244.
Bédier, J. (1938a). De l'édition princepes de la Chanson de Roland aux éditions les plus récentes. Nouvelles remarques sur l'art d'établir les anciens textes (terceiro artigo). In: Romania, 64, pp. 489-521.
Bédier, J. (1921). Les assonances en -è et en -iè dans la Chanson de Rolando. In: Romania, tomo 47, nº 188, pp. 465-480.
Bliss L. F. (1913). The reconstruction of the original Chanson de Roland. The Romanic Review, 4, pp. 112-117.
Carvalho, J. M. (1864). História do Imperador Carlos Magno, e dos doze Pares de França... Lisboa.
Cascudo, L. C. (1972). Dicionário do Folclore Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint.
Cascudo, L. C. (1953) Cinco Livros do Povo, Rio de Janeiro: José Olympio.
Catalán, D. (1969). Siete siglos de romancero. Madrid: Gredos.
Autor. (XXXX).
Dinneen, M. (2010). La herencia ibérica en la poesía popular brasileña: la transformación de las tradiciones populares. Revista Garoza(10), 71-93.
Eginhardo. (1999). Vida de Carlomagno. (A. d. Riquer, Trad.) Madrid: Gredos.
Ferreira, J. P. (2012). A cavalaria no Sertão. In: M. Mongelli (org.), E fizerom taes maravilhas... - histórias de cavaleiros e cavalarias. Cotia: Ateliê, pp. 223-232.
Gual, C. G. (1974). Primeras novelas europeas. Madrid: Istmo.
Gual, C. G. (1997). El redescubrimiento de la sensibilidad en el siglo XII. Madrid: Akal.
Kinoshita, S. (2001). "Pagans are wrong and Christians are right": alterity, gender, and nation in the Chanson de Roland. Journal of Medieval and Early Modern Studies, 31:1, pp. 79-111.
Lejeune, R. (1954) Une allusion méconnue à une Chanson de Roland. In: Romania, tomo 75 n° 298, pp. 145-164.
Macedo, J. R., & Espig, M. J. (1999). De Roncesvales ao contestado: resignificações da memória carolíngia na Península Ibérica e no Brasil. Estudos Ibero-Americanos, XXN(1), 135-159.
Meschonnic, H. (2010). Poética do traduzir. São Paulo: Perspectiva.
Mongelli, M. (2012). A presença dos traidores na história de Carlos Magno e dos Doze Pares de França. Congresso de Cavalaria I: De Cavaleiros e Cavalarias. Por terras de Europa e Américas.
Montero, L. O. (2013). La "Historia de Carlo Magno" en el desarrollo del romancero a la décima espinela. Revista Chilena de Literatura, nº 78.
Pereira, M. P. (2014). A cristalização do imaginário medieval na literatura de cordel. Nau literária: crítica e teoria de literaturas, 10(2), 188-207.
Piamonte, N. (1525) Historia del Emperador Carlo Magno, y de los doce pares de Francia y de la cruda batalla que tuvo Oliveros con Fierabrás, rey de Alejandría, hijo del gran almirante Balan. Sevilla.
Pidal, R. M. (1959). La chanson de Roland y el neotradicionalismo: orígenes de la épica románica, Madrid: Espasa-Calpe.
Riquer, M. d. (2009). Los cantares de gesta franceses. Madrid: Gredos.
Ross D. J. A. (1963). L'originalité de « Turoldus » : le maniement de la lance. In: Cahiers de civilisation médiévale, ano 6, n° 22, pp. 127-138.
Rossell, A. (2016). De épica, escanción, métrica y música. In: Antes se agotan la mano y la pluma que su historia. San Millán de la Congolla: Cilengua, pp. 269-299.
Rossell, A. (2017). Floripes y Fierabrás: retrotopía y contextualización. Saberes compartidos, pp. 181-211.
Rychner, J. (1999). La Chanson de Geste: Essai sur l'art épique des jogleurs. Geneve: Droz.
Ruiz-Belloso, D. C. (2019). La literatura de cordel brasileña y sus conexiones con la Edad Media. Espéculo (30), 1-21.
Sousa, W. L. (2013). O nomadismo de Carlos Magno nas vozes do cordel . Dissertação de Mestrado UFPB. João Pessoa.
Spina, S. (2003). Manual de versificação românica medieval. Cotia : Ateliê Editorial.
Zumthor, P. (1993). A letra e a voz. São Paulo: Companhia das Letras.
Zumthor, P. (2007). Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac Naify.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Ronald Ferreira da Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Boitatá esta licenciada com CC BY sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.