Teores de energia na ração sobre o desempenho e características de carcaça de cordeiros confinados
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5supl1p2307Palavras-chave:
Composição tecidual, Cortes comerciais, Gordura, Ovinos, Rendimento.Resumo
Objetivou-se avaliar a influência de diferentes teores energéticos na ração sobre o desempenho e características de carcaças de cordeiros confinados. Avaliaram-se quatro teores energéticos: 2,00; 2,28; 2,54 e 2,80 Mcal de EM kg-1 MS, sendo o último teor o recomendado pelo NRC (2007) para ganhos diários de 300 g. Foram utilizados 24 cordeiros inteiros com 240,0 ± 9,6 dias de idade e 26,6 ± 3,8 kg de peso corporal, seis por tratamento, mestiços Ile de France, alimentados com rações isoprotéicas (158 g kg-1, PB). O confinamento durou 57 dias. O peso corporal final e de carcaça fria, bem como o rendimento de carcaça fria, apresentaram comportamento linear positivo de acordo com os teores de energia. Já o consumo de alimentos, o ganho médio diário de peso e a conversão alimentar, foram influenciados de forma quadrática pelos teores de energia, onde as melhores médias foram observadas para rações contendo entre 2,54 e 2,80 Mcal. Em termos percentuais, os principais cortes da carcaça (pernil e paleta) não foram influenciados pelos teores energéticos das rações. Na composição tecidual da paleta, observou-se que o teor de ossos diminuiu linearmente, o de gordura aumentou de forma quadrática e o de músculo não foi afetado pelos teores de energia da ração. Conclui-se que dietas com maiores densidades energéticas proporcionam a produção de carcaças mais pesadas e com maiores rendimentos e para melhores ganhos de peso as rações devem conter entre 2,54 e 2,80 Mcal de EM kg-1 MS.Downloads
Referências
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