Consumo, digestibilidade e metabólitos sanguíneos de borregas alimentadas com níveis crescentes de enzima fibrolítica exógena na dieta
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n4p1013Palavras-chave:
Ovinos, Enzima fibrolítica, Consumo.Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar como a adição crescente de enzima fibrolítica exógena na dieta de borregas influencia o consumo alimentar, a capacidade digestiva e os metabólitos sanguíneos. O ensaio foi realizado em um quadrado latino (5x5) com cinco tratamentos e cinco repetições, utilizando borregas mestiças Santa Inês x Dorper com peso inicial médio de 46,48 ± 5,60 kg e aproximadamente sete meses de idade. Durante o período de sessenta dias, os animais foram alojados em gaiolas metabólicas individuais. Os tratamentos consistiram em uma dieta controle e quatro níveis crescentes de inclusão de enzima fibrolítica (FIBROZYME®) (0,5%, 1,0%, 1,5% e 2,0% da matéria seca), administrados diariamente no momento de oferta da dieta. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa nos consumos de nutrientes (g animal-1 dia-1), peso vivo (%PV-1) e peso metabólico (PV0,75) entre os tratamentos. Também não houve diferença significativa na digestibilidade aparente da matéria seca, no peso das fezes e no escore fecal. No entanto, houve diferença significativa no metabólito sanguíneo creatinina, mas não na glicemia dos animais. Conclui-se que a adição de enzima fibrolítica exógena não influencia o consumo alimentar e a glicemia das borregas, mas altera a creatinina plasmática.
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