Interação entre genótipos e ambientes na produção de minimilho
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n2p383Palavras-chave:
Adaptabilidade, Melhoramento de plantas, Zea mays L.Resumo
A etapa de avaliação dos genótipos para a recomendação de cultivo em diferentes ambientes é uma das etapas mais importantes em programas de melhoramento, devido à importância da interação entre genótipos e ambientes que influenciam as características de interesse. O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes genótipos de milho, milho pipoca, milho branco e milho doce com relação a capacidade de produção de minimilho e a interação genótipos por ambientes. Foram avaliados 29 genótipos, no delineamento em blocos ao acaso com três repetições. Os experimentos foram conduzidos na safra verão e safrinha de Rio Verde – GO e na safrinha de Maringá – PR. Foram observadas diferenças significativas (p < 0,05) entre genótipos em todas as características avaliadas e interação genótipos x ambientes apenas para diâmetro médio de espiguetas, prolificidade e produtividade de espiguetas, evidenciando ocorrer resposta distinta dos genótipos em função das variações ambientais. Ressalta-se a predominância da parte complexa da interação na prolificidade e produtividade de espiguetas. Embora a colheita de minimilho seja realizada antes mesmo da fecundação, os resultados sugerem que as características relacionadas a produção e qualidade de minimilho são afetadas pela interação genótipo-ambiente. Os genótipos P30K64, HD 332, IPR 119 e IAC 125 obtiveram as maiores médias entre as características avaliadas. Destacam-se os grupos de genótipos de milho branco e milho comum, com significativa superioridade em relação aos demais, principalmente para a produtividade de espiguetas.Downloads
Referências
Camacho, L. R. S., Scapim, C. A., Senhorinho, H. J. C., Conrado, T. V. (2015). Diallel analysis of popcorn lines and hybrids for baby corn production. Crop Breeding and Applied Biotechnology, 15(1), 33-39. doi: 10.1590/1984-70332015v15n1n5.
Camilo, J. S., Barbieri, V. H. B., Rangel, R. M., Bonnas, D. S., Luiz, J. M. Q., Oliveira, R. C. (2015). Aceitação sensorial de híbridos de milho doce e híbridos de milho verde em intervalos de colheita. Revista Ceres, 62(1), 001-008. doi: 10.1590/0034-737X201562010001.
Cargnelutti, A., Fº., & Storck, L. (2009). Medidas do grau de precisão experimental em ensaios de competição de cultivares de milho. Revista Brasileira de Zootecnia, 44(2), 111-117. doi: 10.1590/S0100-204X2009000200001.
Carvalho, E. V., Afférri, F. S., Pelúzio, J. M., Santos, W. F., Bicudo, S. J. (2014). Adaptabilidade na produção de massa verde e grãos de genótipos de milho no Tocantins. Revista Ciência Agronômica, 45(4), 856-862. doi: 10.1590/S1806-66902014000400025
Carvalho, G. S., Pinho, R. L. V., Rodrigues, V. N. (2003). Produção de minimilho em diferentes ambientes de cultivo. Revista Ceres, 50(288), 155-169.
Cruz, C. D. (2013). GENES: A software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum Agronomy, 35(3), 271-276. doi: 10.4025/actasciagron.v35i3.21251.
Cruz, C. D., & Carneiro, P. C. S. (2006). Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético (2a ed.). Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa.
Cruz, C. D., & Castoldi, F. L. (1991). Decomposição da interação genótipos x ambientes em partes simples e complexa. Revista Ceres, 38(219), 422-430.
Dovale, J. C., Fritsche-Neto, R., Silva, P. S. L. (2011). Índice de seleção para cultivares de milho com dupla aptidão: minimilho e milho verde. Bragantia, 70(4), 781-787. doi: 10.1590/S0006-87052011000400008.
Falconer, D. S., & Mackay, T. F. C. (1996). Introduction to quantitative genetics (4nd ed.). London: Longman.
Fancelli, A. L. & Dourado Neto, D. (2000). Produção de milho (1a ed.). Guaíba: Agropecuária.
Mendes, F. F., Guimarães, L. J. M., Souza, J. C., Guimarães, P. E. O., Pacheco, C. A. P., Machado, J. R. A., …, Parentoni, S. N. (2012). Adaptability and stability of maize varieties using mixed model methodology. Crop Breeding and Applied Biotechnology, 12(2), 111-117. doi: 10.1590/S1984-70332012000200003.
Moreira, A., Santos, M. Z., Favarão, S. C. M. (2014). Características agronômicas de genótipos de milho para produção de minimilho. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, 7(3), 633-643.
Oliboni, R., Faria, M. V., Neumann, M., Resende, J. T. V., Battistelli, G. M., Tegoni, R. G., Oliboni, D. F. (2013). Análise dialélica na avaliação do potencial de híbridos de milho para a geração de populações base para obtenção de linhagens. Semina, 34(1), 7-18. doi: 10.5433/1679-0359.2013v34n1p7.
Oliveira, L. F. G., Jr., Deliza, R., Bressan-Smith, R., Pereira, M. G., Chiquiere, T. B. (2006). Seleção de genótipos de milho mais promissores para o consumo in natura. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 26(1), 159-165. doi: 10.1590/S0101-20612006000100026.
Pereira, I. A., Fº., Borghi, E. (2016). Mercado de sementes no Brasil, safra 2016/2017. Sete Lagoas: EMBRAPA Milho e Sorgo.
Pereira, I. A., Fº., Gama, E. E. G., Cruz, J. C. (1998). Minimilho: efeito de densidade de plantio e cultivares na produção e em algumas características da planta de milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo.
Pereira, I. A. Fº., & Karam D. (2008). A cultura do minimilho. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica.
Pereira. I. A., Fº., Cruz, J. C., Queiroz. V. A. V., Caxito. A. M., Leite. C. E. P., Carmo. Z. C. (2009). Avaliação de cultivares de milho visando à produção de minimilho na região Norte do Estado de Minas Gerais. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo.
Ramalho, M. P., Santos, J. B., Zimmermann, M. J. (1993). Interação Dos Genótipos Por Ambientes. In: Ramalho, M. P., Santos, J. B., Zimmermann, M. J. Genética quantitativa em plantas autógamas: aplicações ao melhoramento do feijoeiro. (1a ed., Cap 6, pp. 130-144). Goiânia: Universidade Federal de Goiás.
Reddy, S. M., Kumar, S. S., Sudharshan, M. R., Kumar, V. K. (2013). Genetic divergence in baby corn (Zea mays L.). International Journal of Innovative Research & Development, 2(8), 300-304.
Resende, M. D. V. (2007). Matemática e estatística na análise de experimentos e no melhoramento genético. Colombo: Embrapa Florestas.
Rodrigues, L. R.; Silva, F. N.; Mori, E. S. (2004). Avaliação de sete famílias s2 prolíficas de minimilho para a produção de híbridos. Bragantia, 63(1), 31-38. doi: 10.1590/S0006-87052004000100004.
Sangoi, L., Ernani, P. R., Silva, P. R. F., Horn, D., Schimitt, A., Schweitzer, C., Motter, F. (2006). Rendimento de grãos e margem bruta de cultivares de milho com variabilidade genética contrastante em diferentes sistemas de manejo. Ciência Rural, 36(3), 747-755. doi: 10.1590/S0103-84782006000300005.
Santos, E.L., Garbuglio, D. D., Araujo, P. M., Gerage, A. C., Shioga, P. S., Prete, C. E. C. (2011). Uni and multivariate methods applied to studies of de adaptability in maize (Zea mays L.). Acta Scientiarum Agronomy, 33(4), 633-640. doi: 10.4025/actasciagron.v33i4.6953.
Santos, R.F. Inoue, T. T., Scapim, C. A., Clovis, L. R., Moterle, L. M., Saraiva, F. C. S. (2014). Produtividade do minimilho em função das adubações nitrogenada e potássica. Revista Ceres, 61(1), 121-129. doi: 10.1590/S0034-737X2014000100016.
Teles, D. A. A. & Nascimento, W. M. Competição de cultivares de milho-doce para produção de minimilho. Horticultura Brasileira, 28(2), 2562-2568, 2010.
Wangen, D. R. C. & Faria, A. C. (2013). Avaliação de variedades de milho para produção de minimilho. Enciclopédia Biosfera, 9(17), 385-392.
Ziegler, K. E. (2001). Popcorn. In A. R. Hallauer. Specialty corns (Vol. 1, Chap. 7, pp. 205-240). New York: CRC Press LLC.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.