Vigor de sementes de canola avaliado pelo do teste de condutividade elétrica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2025v46n2p587

Palavras-chave:

Brassica napus L. var. oleífera, Potencial fisiológico, Período de imersão, Volume de água.

Resumo

A canola (Brassica napus L. var. oleifera) é uma das principais oleaginosas para fins comestíveis e industriais. Metodologias para avaliar o potencial fisiológico de sementes de canola, assegurando a comercialização de lotes de alta qualidade são necessárias. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi adequar a metodologia para avaliação da qualidade fisiológica de sementes de canola por meio do teste de condutividade elétrica. Foram utilizadas sementes provenientes de três lotes de três cultivares de canola, Hyola 575 CL, Nuola 300 e Diamond que foram submetidas a testes para caracterização de sua qualidade inicial e os resultados comparados com aqueles obtidos no teste de condutividade elétrica. Para adequação da metodologia do teste de condutividade elétrica, as cultivares foram submetidos a duas temperaturas (25 °C e 30 °C), três volumes de água deionizada (25, 50 e 75 ml), em cinco períodos de embebição (2, 4, 6, 8 e 10 horas). Na temperatura de 25 °C foi possível estratificar os lotes em níveis mais altos de vigor utilizando um volume de 25 mL durante 4, 8 e 10 horas. Já a 30 °C, o volume de 25 mL mostrou-se satisfatório para o período de 10 horas. O período de 10 horas foi o que apresentou os valores mais altos, sendo, portanto, o tempo necessário para a lixiviação dos solutos e a medição da condutividade elétrica. Portanto, para a condução do teste de condutividade elétrica em sementes de canola, recomenda-se imergir 50 sementes em 25 mL de água deionizada por 10 horas a 25 °C ou 30 °C.

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Biografia do Autor

Soryana Gonçalves Ferreira de Melo, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Dra. em Produção Vegetal, Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri, UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.

Ítallo Jesus Silva, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

M.e em Produção Vegetal, UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.

Lucas da Costa Oliveira, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Aluno de Graduação em Agronomia, UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.

Guilherme Henrique Fernandes Carneiro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Aluno de Graduação em Agronomia, UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.

Guilherme Vieira Pimentel, Universidade Federal de Lavras

Prof. Dr., Departamento de Agricultura, Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG, Brasil.

Raquel Maria de Oliveira Pires, Universidade Federal de Lavras

Profa. Dra., Departamento de Agricultura, Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG, Brasil.

Marcela Carlota Nery, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Profa. Dra., Departamento de Agronomia, UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.

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Publicado

2025-03-20

Como Citar

Melo, S. G. F. de, Silva, Ítallo J., Oliveira, L. da C., Carneiro, G. H. F., Pimentel, G. V., Pires, R. M. de O., & Nery, M. C. (2025). Vigor de sementes de canola avaliado pelo do teste de condutividade elétrica. Semina: Ciências Agrárias, 46(2), 587–602. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2025v46n2p587

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