Cuerpos que transgreden, palabras que perduran: un debate sobre género y testimonio

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2021v26n3p621

Palabras clave:

Gênero, Memória, Testemunho, Trauma

Resumen

El propósito de este artículo es enfatizar la importancia de los estudios de género en los debates sobre trauma y testimonio. A partir de la discusión sobre la demanda de un 'otro' que realmente escuche las palabras arruinadas de los testimonios, apuntamos al cuerpo como el lugar de la memoria para las vivencias traumáticas individuales y colectivas. Los procedimientos metodológicos adoptados en esta investigación consisten, en un primer momento, en una revisión bibliográfica sobre trauma y testimonio. A continuación, analizamos testimonios de mujeres detenidas durante las dictaduras militares en Argentina y Brasil. Nuestros resultados sugieren que el debate sobre género ofrece nuevas posibilidades para trabajar con reinterpretaciones presentes en los testimonios, especialmente al problematizar las convenciones de feminidad y masculinidad. Concluimos que los testimonios son potenciales desestabilizadores de discursos jerárquicos y prácticas hegemónicas al examinar la conexión intrínseca entre cuerpo, memoria y género.

Biografía del autor/a

Danielle Tega, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul- UEMS

Doutora em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas. Pós doutora  no Núcleo de Estudos de Gênero - Pagu.

Citas

ABREU, Maira. Feminismo no exílio: o círculo de mulheres brasileiras em Paris e o grupo latino-americano de mulheres em Paris. São Paulo: Alameda, 2016.

ACTIS, Munú et al. Ese infierno: conversaciones de cinco mujeres sobrevivientes de la ESMA. Buenos Aires: Sudamericana, 2001.

ARFUCH, Leonor. Memoria y autobiografía: exploraciones en los límites. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2013.

AZEVEDO, Desirée de Lemos. Ausências incorporadas: etnografia entre familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil. São Paulo: Editora Unifesp, 2018.

BACCI, Claudia (org.). “... y nadie quería saber”: relatos sobre violencia contra las mujeres en el Terrorismo de Estado en Argentina. Buenos Aires: Memoria Abierta, 2012.

BACCI, Claudia; OBERTI, Alejandra. Sobre el testimonio: una introducción. Clepsidra, Buenos Aires, v. 1, n. 1, p. 5-13, 2014.

BAUER, Caroline Silveira. Brasil e Argentina: ditaduras, desaparecimentos e políticas de memória. Porto Alegre: Medianiz, 2014.

BUELENS, Gert; DURRANT, Sam; EAGLESTONE, Robert (org.). The future of trauma theory: contemporary literary and cultural critiscim. London: Routledge, 2014.

BUTLER, Judith. Bodies that Matter: on the discursive limits of ‘sex’. New York: Routledge, 1993.

CAMPO de batalla: cuerpo de mujer. DIRECCIÓN, Fernando Alvarez. Producción Ejecutiva: Lizel Tornay, Victoria Álvarez. [Buenos Aires]: Instituto Nal. de Cine y Artes Audiovisuales Argentino (INCAA), 2012, 73 mm.

CARUTH, Cathy. Trauma: explorations in memory. Baltimore, EUA: Johns Hopkins University Press, 1995.

CARTUCH, Cathy. Modalidades do despertar traumático. In: NESTROVSKI, Arthur; SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). Catástrofe e representação. São Paulo: Escuta, 2000. p.111-136.

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE. Violência sexual, violência de gênero e violência contra crianças e adolescentes. In: COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE. Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2014. Cap. 10.

D’ANTONIO, Débora. Transformaciones y experiencias carcelarias: prisión política y sistema penitenciario en la Argentina entre 1974 y 1983. 2010. Tese (Doutorado em História) - Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 2010.

DAS, Veena. Life and words: violence and the descent into the ordinary. Berkeley: University of California Press, 2007.

DE LUCA, Derlei Catarina. No corpo e na alma. Criciúma: Editora do Autor, 2002.

FALCON, Yara. Mergulho no passado: a ditadura que vivi. Maceió: Livro Rápido, 2007.

FARIAS, Juliana. Gender Violence, State Violations. Academia Letters, Article 1831, 2021

FELMAN, Shoshana. Educação e crise, ou as vicissitudes do ensino. In: NESTROVSKI, Arthur; SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). Catástrofe e representação. São Paulo: Escuta, 2000. p.13-71.

FELMAN, Shoshana. O inconsciente jurídico: julgamentos e traumas no século XX. São Paulo: Edipro, 2014.

FELMAN, Shoshana; LAUB, Dori. Testimony: crises of witnessing in literature, psychoanalysis and history. New York: Routledge, 1992.

FIGUEIREDO, Cesar Alessandro Sagrillo. Literatura do testemunho: a literatura na era das catástrofes. Entreletras, Araguaína, v.11, n.1, p.7-27, 2020.
GABEIRA, Fernando. O que é isso, companheiro? Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1979.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Literatura no feminino: mulheres escritoras no Brasil. Reflexão, São Paulo, n. 18, p. 107-121, 1980.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Memória, história, testemunho. In: GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar, escrever, esquecer São Paulo: Editora 34, 2006. p.49-57.

GALLO, Carlos Artur. No rastro das transições: perspectivas sobre memória, verdade e justiça no Cone Sul e no Sul da Europa. Pelotas: Editora UFPel, 2019.

GÓMEZ, Maria Rosa. Memoria de mujeres: relatos de militantes, ex presas políticas, familiares de desaparecidos y exiliadas. Buenos Aires: Instituto Espacio para la Memoria, 2011.

JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. Espanha: Editorial Siglo XXI, 2002.

JELIN, Elizabeth. El género en las memorias de la represión política. Revista Mora, Buenos Aires, n.7, p.128-137, 2001.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

KOZAMEH, Alicia. Pasos bajo el agua. Buenos Aires: Editorial Contrapunto, 1987.

LA LOPRE. Memorias de una presa política: 1975-1979. Buenos Aires: Grupo Editorial Norma, 2006.

LAUB, Dori. An Event Without a Witness: Truth, testimony and survival. In: FELMAN, Shoshana; LAUB, Dori. Testimony: Crises of Witnessing in Literature, Psychoanalysis and History. New York: Routledge, 1992.

LEVI, Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

LEWIN, Miriam; WORNAT, Olga. Putas y guerrilleras. Buenos Aires: Planeta, 2014.

LONGONI, Ana. Traiciones: la figura del traidor en los relatos acerca de los sobrevivientes de la represión. Buenos Aires: Grupo Editorial Norma, 2007.

MARCO, Valéria. A literatura de testemunho e a violência de Estado. Lua Nova, local, n. 62, p. 45-68, 2004.

MELONI, Catarina. 1968: o tempo das escolhas. São Paulo: Nova Alexandria, 2009.

MORAES, Maria Lygia Quartim de. O que é possível lembrar? Cadernos Pagu, Campinas, n. 40, p. 141-167, jan./jun. 2013.

MOURA, Mariluce. A revolta das vísceras: uma visão feminina da luta armada no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Codecri, 1982.

NESTROVSKI, Arthur; SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). Catástrofe e representação. São Paulo: Escuta, 2000.

OBERTI, Alejandra. Las revolucionarias: militancia, vida cotidiana y afectividad en los setenta. Buenos Aires: Edhasa, 2015.

OLIVEIRA, Lucas Amaral de. Primo Levi e os rumores da memória: limites e desafios na construção do testemunho. 2013. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

PARTNOY, Alicia. La escuelita: relatos testimoniales. Buenos Aires: La Bohemia, 2006.

PEDRO, Joana; WOLFF, Cristina; VEIGA, Ana Maria (org.). Resistências, gênero e feminismos contra as ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Editora Mulheres, 2011.

PENNA, João Camillo. Este corpo, esta dor, esta fome: notas sobre o testemunho hispano-americano. In: SELIGAMANN-SILVA, Márcio (org.). História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003. p. 299-354.

QUE BOM te ver viva. Direção e Roteiro: Lucia Murat. [S. l.: s. n.], 1989. 1h40.

QUINALHA, Renan. Contra a moral e os bons costumes: a ditadura e a repressão à comunidade LGBT. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

RABOTNIKOF, Nora. Memoria y política: el juego del tiempo en las transiciones. México: Fundación Friedrich Ebert; 2007.

RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

RIBEIRO, Maria Cláudia Badan. Mulheres na luta armada: protagonismo feminino na ALN (Ação Libertadora Nacional). São Paulo: Alameda, 2018.

RIDENTI, Marcelo. Posfácio. In: RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2010. p. 285-302.

ROSA, Susel Oliveira. Mulheres, ditaduras e memórias. São Paulo: Intermeios, 2013.

RUBBO, Deni Alfaro; TEGA, Danielle. Cartografias da derrota: rememorações marxistas e melancolia política. Revista História, São Paulo, v.180, 2021.

SANJURJO, Liliana. Sangue, identidade e verdade: memórias sobre o passado ditatorial na Argentina. São Paulo: Editora Ufscar, 2018.

SAPRIZA, Graciela. Memorias del cuerpo. In: ANDÚJAR, Andrea et al. (org.). Historia, género y política en los ’70. Buenos Aires: Feminaria Editora, 2005.

SARTI, Cynthia. Enunciações da tortura: memórias da ditadura brasileira. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 505-529, 2019.

SARTI, Cynthia. A construção de figuras da violência: a vítima, a testemunho. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 20, n. 42, p. 77-105, jul./dez. 2014.

SEGATO, Rita. La escritura en el cuerpo de las mujeres asesinadas en Ciudad Juárez: territorio, soberanía y crímenes de segundo estado. Buenos Aires: Tinta Limón, 2013.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. A questão dos testemunhos de catástrofes históricas. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p.65-82, 2008.

SEMPRUN, Jorge. A escrita ou a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SILVA, Mário Augusto Medeiros da. Os escritores da guerrilha urbana: literatura de testemunho, ambivalência e transição política. São Paulo: Annablume, 2008.

SIRKIS, Alfredo. Os Carbonários: memórias da guerrilha perdida. São Paulo: Global, 1980.

TAPAJÓS, Renato. Em Câmara Lenta. São Paulo: Alfa-Ômega, 1977.

TAVARES, Flávio. Memórias do esquecimento. São Paulo: Globo, 1999.

TEGA, Danielle. Tempos de dizer, tempos de escutar: testemunhos de mulheres no Brasil e na Argentina. São Paulo: Intermeios/Fapesp, 2019.

TEGA, Danielle. Mulheres em foco: construções cinematográficas brasileiras da participação política feminina. São Paulo: Cultura Acadêmica/Editora UNESP, 2010.

TELES, Edson. Democracia e estado de exceção: transição e memória política no Brasil e na África do Sul. São Paulo: Fap-Unifesp, 2015.

TELES, Janaína de Almeida. Memórias dos cárceres da ditadura: os testemunhos e as lutas dos presos políticos no Brasil. 2011. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

THEIDON, Kimberly. Género en transición: sentido común, mujeres y guerra. Cadernos Pagu, n.37, p. 43-78, 2011.

TORNAY, Victoria Alvarez. ¿No te habrás caído? Terrorismo de Estado, violencia sexual, testimonios y justicia en Argentina. Málaga: UMA editorial, 2019.

TRAVERSO, Enzo. Melancolia de esquerda: marxismo, história e memória. Belo Horizonte: Editora Âyiné, 2018.

Publicado

2021-12-30

Cómo citar

TEGA, Danielle. Cuerpos que transgreden, palabras que perduran: un debate sobre género y testimonio. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 26, n. 3, p. 621–638, 2021. DOI: 10.5433/2176-6665.2021v26n3p621. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/42400. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

Artículos