Mundialização, estado e política econômica

Autores

  • Jorge Pessoa de Mendonça Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.1998v3n1p30

Palavras-chave:

Mundialização, Teoria da Regulação, Políticas públicas

Resumo

O fenômeno da globalização é freqüentemente considerado como resultado de um processo econômico, tendo como principal conseqüência a supremacia das "leis de mercado" e o enfraquecimento do papel do Estado. A liberalização da economia e a diminuição da eficácia das políticas públicas para a promoção do desenvolvimento econômico tornam-se um imperativo incontestável. O Estado passa a ter uma função indireta na economia. Sua atuação deve limitar-se ao âmbito social, cuja contribuição para o desempenho econômico é vista como tendo uma importância secundária. No entanto, o processo de mundialização e suas conseqüências sobre a função do Estado parecem melhor colocados quando se considera a importância que este possui para a organização da economia. Na verdade, esta não pode ser pensada de forma autônoma, independente dos aspectos sociais e políticos que constituem elemento central no funcionamento e no desenvolvimento da lógica econômica. Neste sentido, com base na Teoria da Regulação, este artigo apresenta uma interpretação alternativa para o fenômeno da globalização, ou seja, apresenta as formas institucionais ou estruturais desenvolvidas por esta escola, de modo a permitir a análise econômica da mundialização de forma articulada com a esfera social, ressaltando a importância das políticas públicas para o resultado obtido.

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Biografia do Autor

Jorge Pessoa de Mendonça, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Doutor em Economia Internacional pela Université de Paris X. Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ.

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Publicado

1998-06-15

Como Citar

MENDONÇA, Jorge Pessoa de. Mundialização, estado e política econômica. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 3, n. 1, p. 30–37, 1998. DOI: 10.5433/2176-6665.1998v3n1p30. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9316. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

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