Democracia racial brasileira: uma piada sem graça
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2018v23n1p193Palavras-chave:
Formas simbólicas, Ideologia, Piada, RacismoResumo
Os debates em torno do racismo brasileiro são protagonizados há décadas por duas interpretações opostas. Uma tenta provar que há preconceito no Brasil e que ele afeta as relações raciais na vida de negros e brancos. A outra interpretação valoriza o fato de que o povo brasileiro vive em uma democracia racial que não discrimina e que oferece oportunidades iguais a todos. Este artigo pretende participar deste debate analisando manifestações de racismo brasileiras, incluindo as mensagens contidas nas inocentes piadas racistas.Downloads
Referências
HART, Carl. “Nosso lar é onde está o ódio”. In: HART, Carl. Um preço muito alto: a jornada de um neurocientista que desafia nossa visão sobre as drogas. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
KALY, Alain Pascal. O ser preto africano no “paraíso terrestre” brasileiro: um sociólogo senegalês no Brasil. Lusotopie, Liboa, p. 105-121, 2001.
KAMEL, Ali. Não somos racistas: uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
LIMA, Marcus Eugênio Oliveira; VALA, Jorge. As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de Psicologia, Natal, v. 9, n. 3, p. 401-411, dez. 2004.
LOBATO, Monteiro. Peter Pan: a história do menino que não queria crescer, contada por Dona Benta. São Paulo: Editora Brasiliense, 1953.
MOREIRA, Adilson. Ações afirmativas e interesses estatais: políticas raciais como instrumentos de transformação social. 2010. Disponível em: http://www.observatoriodaeducacao.org.br. Acesso em: 28 abr. 2015
MUSUMECI, Leonarda; RAMOS, Silvia. Elemento Suspeito: abordagem policial e discriminação na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NASCIMENTO, Abdias; LARKIN, Elisa. Nelson Mandela no Brasil. In: NASCIMENTO, Abdias. Grandes vultos que honraram o Senado. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2014. p. 254-258.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. O sortilégio da cor: identidade, raça e gênero no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2003.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 287-308, 2007.
OLIVEIRA, Eduardo de Oliveira e. O mulato, um obstáculo epistemológico. Revista Argumento, Rio de Janeiro, v. 1, n. 3, p. 65-73, jan. 1974.
O’REILLY, Bill; DUGARD, Martin. Os últimos dias de John F. Kennedy. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013.
PENA, Sérgio D. J. Humanidade sem raças? São Paulo: Publifolha, 2008.
SANTOS, Ivair Augusto Alves dos. Direitos humanos e as práticas de racismo. Brasília: Câmara dos Deputados; Edições Câmara, 2013.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
SILVA, Consuelo Dores. Negro, qual é o seu nome? Belo Horizonte: Mazza, 1995.
SILVA, Maria Nilza da. O Negro no Brasil: um problema de raça ou de classe? Revista Mediações, Londrina, v. 5, n. 2, p. 99-124, 2000.
SOUZA, Ricardo Alexandre Santos. Agassiz e Gobineau: as ciências contra o Brasil Mestiço. 2008. Dissertação (Mestrado de História das Ciências e da Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.
THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
THURAM, Lilian. As minhas estrelas negras: de Lucy a Barack Obama. Tradução de Suzana Souza e Silva. Lisboa, Portugal: Tinta-da-China, 2013.
TURRA, Cleusa; VENTURI, Gustavo. Racismo cordial: a mais completa análise sobre preconceito de cor no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.