O antiterrorismo após o 11/09 como legitimação do novo policiamento global
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2011v16n2p140Palavras-chave:
Estados Unidos, Política externa, Antiterrorismo, Policiamento globalResumo
O artigo aborda o significado da expressão “polícia do mundo”, recorrente entre os críticos do imperialismo americano. A partir da década de 1970, o termo adquire outros significados, pois os Estados Unidos passam a empregar novos procedimentos para exercer seu poder de polícia global no contexto da “guerra contra as drogas”. Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, o novo policiamento internacional se tornou mais freqüente e mais agressivo com as chamadas extraordinary renditions na “guerra contra o terror”. De modo geral, busca-se mostrar que o problema do policiamento internacional vai além das análises sistêmicas. Como objetivo específico, pretendese realçar que as práticas aí envolvidas e outrora rejeitadas adquirem legitimidade quando são justificadas pelo discurso do combate ao terrorismo internacional.Downloads
Referências
AJCHENBAUM, Yves Marc. Les États-Unis, Gendarmes du Monde: pour le meilleur et pour le pire. Paris: Le Monde, 2003.
ALVES, T. Geraldo. Razão de estado e política antiterrorismo nos Estados Unidos. 2011. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
AMNESTY INTERNATIONAL. Current evidence: European complicity in the CIA rendition and secret detention programmes. 2011. Disponível em: http://www.amnesty.org/en/library/asset/EUR01/001/2011/en/77663b6e-6013-4636-9cd3-6b1ddb2c7181/eur010012011en.pdf. Acesso em: 2 set. 2011.
BURNS, John F. C.I.A. used a british island to transport terrorism suspects. New York Times, New York, 22 feb. 2008.
CIA. Rendition and secret detention: a global system of human rights violations. 2006. Disponível em: http://www.amnesty.org/en/library/asset/POL30/003/2006/en/db1dbfd1-d468-11dd-8743-d305bea2b2c7/pol300032006en.pdf. Acesso em: 2 set. 2011.
CONGRESSIONAL RESEARCH SERVICE. Renditions: constraints imposed by laws on torture. 2009. Disponível em: http://www.fas.org/sgp/crs/natsec/RL32890.pdf. Acesso em: 2 set. 2011.
DOREL, Gérard. Atlas de l’Empire Américain. Paris: Éditions autrement, 2006.
DROGIN, Bob. Lebanese man is target of first rendition under Obama. Los Angeles Times, Los Angeles, 22 aug. 2009. Disponível em: http://articles.latimes.com/2009/aug/22/nation/na-rendition22. Acesso em: 2 set. 2011.
EÇA, Luiz. O seqüestro das leis. Correio da Cidadania. Disponível em: http://www.correiocidadania.com.br/antigo/ed537/luizeca.htm. Acesso em: 2 set. 2011.
EFE. Berlusconi e Prodi poderão depor sobre suposto seqüestro de imame pela CIA. 14 de maio de 2008. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI2886991-EI8142,00-Berlusconi+e+Prodi+devem+depor+sobre+sequestro.html. Acesso em: 2 set. 2011.
ERTEL, Manfred et al. A guerra secreta dos EUA: no rastro da CIA. 2005.
ESCÂNDALO da CIA: ‘ninguém nunca soube de nada’. Deutsche Welle, 2005. Disponível em: http://www.dwworld.de/dw/article/0,2144,1817599,00.html.
FBI. Department of Justice. Authority of the Federal Bureau of Investigation to override international law in extraterritorial law enforcement activities.1989. Disponível em: http://www.fas.org/irp/agency/doj/fbi/olc_override.pdf. Acesso em: 2 set. 2011.
FEDERATION OF AMERICAN SCIENTISTS. FAS. Note on U.S. covert action programs. Disponível em: http://www.fas.org/sgp/advisory/state/covert.html. Acesso em: 2 set. 2011.
FOOT, John. The rendition of Abu Omar. London Review of Books, v. 29, n. 15, p. 24-25, 2007. Disponível em: http://www.lrb.co.uk/v29/n15/foot02_.html. Acesso em: 2 set. 2011.
GIMBLE, Noah. Killing more and imprisoning less: Obama and rendition. Counter Punch, 24-26 jun. 2011. Disponível em: http://counterpunch.org/gimble06242011.html. Acesso em: 2 set. 2011.
GREENHOUSE, Linda. Supreme court refuses to hear torture appeal. New York Times, New York, 9 oct. 2007.
ITALY indicts 31 linked to CIA rendition case. International Herald Tribune, Paris, 15 feb. 2007.
JOHN, Mark. EUA dizem que não extraditarão agentes da CIA para a Itália. Reuters, Bruxelas, 28 fev. 2007. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2007/02/28/ult729u65219.jhtm. Acesso em: 2 set. 2011.
KALFON, Pierre. La mise à mort de la démocratie chilienne. In: Les États-Unis, Gendarmes du Monde: pour le meilleur et pour le pire. Paris: Librio/Le Monde, 2003.
KI-MOON, Ban. Statement by the Secretary-General following the news of Osama Bin Laden’s death. 2011. Disponível em: http://www.un.org/apps/sg/sgstats.asp?nid=5235#. Acesso em: 2 set. 2011.
KISSINGER, Henry. Diplomacy. New York: Simon & Schuster, 1994.
KURNAZ, Murat. Dans l’enfer de Guantanamo. Paris: Fayard, 2007.
MARINER, Joanne. The trials of Abu Omar. Find Law, 12 mar. 2008. Disponível em: http://writ.news.findlaw.com/mariner/20080312.html. Acesso em: 2 set. 2011.
MASCOLO, Georg; GEBAUER, Matthias. The CIA in the dock. DER SPIEGEL, 10 jan. 2007. Disponível em: http://www.spiegel.de/international/0,1518,458821,00.html. Acesso em: 2 set. 2011.
OBAMA, Barack. Executive Order No. 13492. Review and Disposition of Individuals Detained at the Guantánamo Bay Naval Base and Closure of Detention Facilities. 2009. Disponível em: http://www.whitehouse.gov/the_press_office/ClosureOfGuantanamoDetentionFacilities. Acesso em: 2 set. 2011.
PAYE, Jean-Claude. La fin de l´État de droit: la lutte antiterroriste de l´état d´exception à la dictature. Paris: La Dispute, 2004.
SAVAGE, Charlie. Court dismisses a case asserting torture by C.I.A. New York Times, New York, 8 set. 2010. Dispónivel em: http://www.nytimes.com/2010/09/09/us/09secrets.html?pagewanted=all. Acesso em: 2 set. 2011.
THE FOG of war. Direção: Errol Morris. Estados Unidos. 2003. 1 DVD (95 min), son., color.
ZAID, Mark S. Military might versus sovereign right: the kidnapping of Dr. Humberto Alvarez-Machain and the resulting fallout. Houston Journal of International Law, Houston, v. 19, n. 3, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.