“Movimento cult” do Rio de Janeiro e os discurso sobre o coco de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2021v16.e42408Palavras-chave:
"Movimento Cult", Rodas Culturais, Coco de Pernambuco, Projeto colonial, Indústria Cultural.Resumo
Esse artigo trata das tensões, práticas, discursos, entre pessoas, lugares e disputas de narrativas, em torno do que é chamado genericamente de cultura popular. Como recorte, identificamos o circuito de rodas culturais existente na cidade do Rio de Janeiro – chamado aqui de “Movimento cult” – como expressão típica dessas tensões, e que, de alguma forma, reatualiza as relações de poder já demarcadas pelos folcloristas do país desde o início da República. Como exemplo, analisamos uma dessas tensões relacionada ao Coco realizado nessas rodas, que fez emergir embates dermacados por questões de cultura, raça, origem nativa e tradição. Caracteriza-se por pesquisa etnográfica e tem como procedimento de coleta de dados a netnografia e observação participante, como táticas para dar conta das questões relacionadas a contemporaneidade. A partir disso, identificou-se relatos de como esse Movimento reproduz o projeto colonial implícito das dinâmicas próprias das elites dominantes diante dos grupos dominados. Por fim, transforma essa cultura popular em produto de consumo da elite para si própria, onde se extingui, a cada dia, sua força política, seus aspectos de resistência cultural e a participação de populares, visto preço de mensalidade das aulas e dos ingressos para os shows, deixando seus criadores fora da roda.Downloads
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Referências
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Publicado
2021-02-04
Como Citar
Leite da Silva, G., & Rodolfo Martins, B. (2021). “Movimento cult” do Rio de Janeiro e os discurso sobre o coco de Pernambuco. Boitatá, 16(31), 107–116. https://doi.org/10.5433/boitata.2021v16.e42408
Edição
Seção
Dossiê
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