Canto, Logo Existo

reflexão sobre a canção Tikmû’ûn em um cinema portoalegrense

Autores

  • Eduardo Santos Schaan Universidade Federal do Rio Grande do Sul image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e48905

Palavras-chave:

Canção, Cinema, Ensino e Aprendizagem

Resumo

Este ensaio investiga, a partir de um encontro com um cineasta do povo Tikmû’ûn, também conhecido como Maxakali, as fronteiras entre o significado, sua tradução e a comunicação em situações em que diferentes cosmologias se colocam lado a lado. A partir de uma canção, pensa-se como explicações, aprendizados e ensinamentos podem ser feitos de distintos modos na cosmologia do povo Tikmu’un e como essas formas se chocam com as formas de ensinamento dos não indígenas. Assim, frente ao discurso racional, metafórico e explicativo do significado pertencente à cosmologia não indígena, o ensinamento indígena surge em uma espécie de sonorocentrismo, uma pedagogia e mesmo uma condição de existência baseadas na canção e no espírito.

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Biografia do Autor

Eduardo Santos Schaan, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em Estudos Literários na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail:
eduardo.schaan@gmail.com . ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0417-9744

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Publicado

2024-03-22

Como Citar

Schaan, E. S. (2024). Canto, Logo Existo: reflexão sobre a canção Tikmû’ûn em um cinema portoalegrense. Boitatá, 18(35), e023006. https://doi.org/10.5433/boitata.2023v18.e48905