Qualidade nutricional e potencial tecnológico de espécies de pitaya

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n3Supl1p2023

Palavras-chave:

Hylocereus undatus, Hylocereus costaricensis, Hylocereus megalanthus, Qualidade nutricional, Fruta dragão.

Resumo

As espécies Hylocereus costaricensis, Hylocereus undatus e Hylocereus megalanthus estão entre as espécies de pitayas mais produzidas e comercializadas no Brasil. O cultivo dessa fruta tem aumentado nos últimos anos devido à sua aparência atraente e sabor adocicado, podendo ser consumida in natura ou processada para bebidas e sobremesas. Estudos sobre as características bioquímicas e capacidade antioxidante da polpa dessas espécies podem contribuir para o desenvolvimento de novas cultivares de pitaya visando o consumo fresco e/ou processamento industrial. Os açúcares e ácidos orgânicos foram extraídos e, posteriormente, separados e quantificados em sistema cromatográfico. A quantificação do conteúdo fenólico total e da capacidade antioxidante foi realizada por análise espectrofotométrica utilizando o método de Folin-Ciocalteu e o ensaio de sequestro de radicais DPPH, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste F utilizando ANOVA, teste de Tukey e análise dos componentes principais. H. undatus apresentou 9,83% de açúcares totais, distribuídos na forma de 4,75% de glicose e 5,08% de frutose. A concentração total de açúcar para H. megalanthus foi de 5,93%, com 0,99, 3,25 e 1,69% para glicose, frutose e sacarose, respectivamente, sendo a única a ter sacarose. As concentrações de ácidos orgânicos para as espécies H. costaricensis, H. undatus e H. megalanthus foram: 0,83, 0,71 e 0,62% para ácido málico e 0,37, 0,36 e 0,40% para ácido cítrico, respectivamente. O ácido ascórbico (vitamina C) não foi detectado nas polpas. H. costaricensis teve o maior teor de conteúdo fenólico total e capacidade antioxidante, 33,75 mg GAE 100 g -1 e 175,51 umol TEAC 100 g -1, respectivamente. Assim, recomenda-se o consumo de frutos da espécie H. megalanthus para as pessoas que necessitam de dietas com restrição de carboidratos, embora sensorialmente pareça ser a polpa mais doce entre elas, provavelmente devido à presença de sacarose. A polpa de H. undatus é interessante para a indústria de sobremesas e bebidas devido ao alto teor de açúcares e baixa acidez, enquanto frutos de H. costaricensis possuem alta capacidade antioxidante e podem ser utilizados como corante alimentício natural.

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Biografia do Autor

Leonel Vinicius Constantino, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Douglas Mariani Zeffa, Universidade Estadual de Maringá

Discente de Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas, Universidade Estadual de Maringá, UEM, Maringá, PR, Brasil.

Marinara Ferneda Ventorim, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Doutorado em Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Leandro Simões Azeredo Gonçalves, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Departamento de Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Antoni Wallace Marcos, Universidade Estadual de Londrina

Discente Pós-Graduação em Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Alisson Wilson dos Santos Sanzovo, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Doutorado em Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Lais Martins Rossetto, Universidade Estadual de Londrina

Discente Pós-Graduação em Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Silas Mian Alves, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Doutorado em Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Juliano Tadeu Vilela Resende, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Departamento de Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Lúcia Sadayo Assari Takahashi, Universidade Estadual de Londrina

Profa Dra, Departamento de Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Referências

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Publicado

2021-04-22

Como Citar

Constantino, L. V., Zeffa, D. M., Ventorim, M. F., Gonçalves, L. S. A., Marcos, A. W., Sanzovo, A. W. dos S., … Takahashi, L. S. A. (2021). Qualidade nutricional e potencial tecnológico de espécies de pitaya. Semina: Ciências Agrárias, 42(3Supl1), 2023–2030. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n3Supl1p2023

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