Trocas gasosas, crescimento e qualidade de mudas de maracujazeiro cultivadas com águas salinas
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n1p137Palavras-chave:
Passiflora edulis f. flavicarpa, Estresse salino, Tolerância.Resumo
Desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de avaliar as trocas gasosas, o crescimento e a qualidade de cultivares de maracujazeiro sob irrigação com águas de diferentes níveis salinos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em Pombal-PB, utilizando-se o delineamento de blocos casualizados em arranjo fatorial 5 ? 2, sendo cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (0,3; 1,1; 1,9; 2,7 e 3,5 dS m-1) e duas cultivares de maracujazeiro (BRS Sol do Cerrado e Guinezinho), com três plantas por parcela e quatro repetições. A redução na transpiração, concentração intercelular de CO2 e taxa de assimilação de CO2 nas plantas de maracujazeiro cultivadas com águas salinas está relacionado a fatores de origem estomáticos e não estomáticos. As trocas gasosas e o crescimento das cultivares de maracujazeiro foram afetados de forma negativa pela salinidade da água a partir de 0,3 dS m-1, aos 75 dias após o semeio. Apesar da redução no crescimento nas cultivares de maracujazeiro, a irrigação com água de até 3,5 dS m-1 pode ser utilizada para obtenção de mudas com qualidade aceitável. Com base no rendimento relativo de fitomassa seca total, as cultivares de maracujazeiro BRS Sol do Cerrado e Guinezinho foram classificados como moderadamente sensível a salinidade da água na fase de formação de mudas.Métricas
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